Vanessa da Mata revela assédios e tentativas de estupro desde a infância
Vanessa da Mata desabafa sobre violência de gênero

A cantora Vanessa da Mata emocionou os ouvintes ao compartilhar relatos profundamente pessoais sobre violência de gênero durante participação no podcast Desculpincomodar. Em entrevista concedida em 20 de novembro de 2025, a artista fez revelações chocantes sobre assédios e tentativas de estupro que sofreu ao longo de toda a vida.

Memórias dolorosas desde a infância

Vanessa da Mata contou que as situações de violência a acompanham desde os primeiros anos de vida. "Eu me lembro de, no berço, ter um cara mexendo comigo e fazendo coisas que eu não gostava, e eu lembro da angústia que era", revelou a cantora em tom emocionado.

As agressões continuaram durante a adolescência, quando a artista praticava basquete. Ela descreveu episódios constrangedores dentro do ônibus da equipe esportiva: "Me lembro de situações de entrar num ônibus do basquete onde eu jogava e de ter mão na minha bunda, porque eu tenho uma bunda grande".

Reação física e defesa pessoal

A cantora não se limitou a sofrer em silêncio. Em algumas ocasiões, Vanessa reagiu fisicamente às agressões. Um episódio marcante ocorreu na Bahia, quando precisou travar uma briga de socos com um homem embriagado que tentou abusar dela no mar.

Ela atribui sua capacidade de reação à criação ao lado de dois irmãos homens: "Vanessa cresceu 'brincando de luta' com seus dois irmãos homens, o que lhe deixou mais forte e mais apta a reagir".

Tentativas de estupro e assaltos

As violências relatadas pela artista vão além dos assédios. Vanessa da Mata revelou que foi assaltada 11 vezes e que em duas dessas ocasiões houve tentativa de estupro.

Sobre o processo de superação, a cantora foi enfática: "Toda pessoa que foi vítima, principalmente de assédio, está sempre num lugar de vítima. Então para superar isso, dizer não e ir pra cima, é três vezes mais luta".

A artista finalizou com uma declaração poderosa sobre sua postura diante da violência: "Não posso ser uma espectadora passiva de situações horrorosas", afirmou, demonstrando a força que desenvolveu para enfrentar essas experiências traumáticas.