Mãe Revela Pesadelo: Universitária em Cariacica Era Perseguida por Namorado Ciumento Antes de Morte Trágica
Universitária morta em Cariacica era perseguida por namorado

A dor que atravessa o peito da dona de casa Maria Aparecida não cabe em palavras. Sua filha, a universitária de 21 anos Letícia Martins, tinha a vida inteira pela frente — até que um relacionamento que começou com promessas de amor se transformou num pesadelo sem fim.

"Ela chegou pra mim e disse: 'Mãe, ele não me deixa em paz'. Eu sabia que aquilo ia dar ruim", conta Maria, com a voz embargada pela emoção. O que ela não imaginava era que o pior poderia acontecer tão rápido.

O ciúme que matou

O namorado, cujo nome ainda não foi divulgado pelas autoridades, começou mostrando uma face encantadora. Mas bastaram algumas semanas para a máscara cair. "Ele queria saber onde ela estava a cada minuto, controlava as amizades, as roupas, tudo", desabafa a mãe.

E não eram ciúmes bobos, daqueles que até podem parecer fofos no começo. Era algo doentio, obsessivo. O rapaz aparecia sem aviso na faculdade, seguia Letícia pelas redes sociais com perfis falsos, e chegou a ameaçar amigos que considerava "influências negativas".

O desfecho trágico

No último sábado, o pior aconteceu. O corpo da jovem foi encontrado sem vida na própria residência, em Cariacica. As investigações apontam que o namorado é o principal suspeito — e está foragido, aumentando a angústia da família.

"Como pode alguém jurar amor e depois fazer isso?", questiona Maria, entre lágrimas. A pergunta, infelizmente, ecoa por tantos lares brasileiros.

Os sinais que não enganam

Olhando pra trás, a família reconhece os alertas vermelhos que, na correria do dia a dia, podem passar despercebidos:

  • Isolamento progressivo dos amigos e familiares
  • Mudança repentina no comportamento e autoestima
  • Justificativas constantes para o comportamento do parceiro
  • Medo de "provocar" discussões
  • Controle excessivo sobre rotina e aparência

"A gente sempre acha que é exagero, que vai melhorar", reflete a mãe. "Mas amor não machuca, não aprisiona, não mata."

O caso está sendo investigado como feminicídio — aquela palavra pesada que transforma crimes passionais em o que realmente são: assassinatos de mulheres por serem mulheres.

Enquanto a polícia procura o suspeito, a família de Letícia tenta reconstruir os pedaços de uma vida interrompida brutalmente. E faz um apelo dolorido: "Prestem atenção nos sinais. Conversem com suas filhas, irmãs, amigas. Às vezes o perigo mora ao lado, vestindo a roupa de quem diz te amar."