Homem dá 6 tiros em ex-mulher em pastelaria de SP após não aceitar fim do relacionamento
Tentativa de feminicídio em pastelaria de SP: ex atira 6 vezes

A Polícia Civil de São Paulo formalizou, nesta terça-feira, 2 de dezembro de 2025, um pedido de prisão contra Bruno Lopes Fernandes Barreto, de 36 anos. O homem é acusado de tentar matar a ex-namorada, Evelin de Souza Saraiva, de 38 anos, a tiros dentro do local de trabalho dela, uma pastelaria na zona norte da capital paulista.

Crime ocorreu no local de trabalho da vítima

O ataque violento aconteceu na manhã de segunda-feira, 1º de dezembro, por volta das 6h40. A vítima, Evelin, estava em seu emprego, em um estabelecimento que funciona 24 horas na rua Ushikichi Kamiya, no Jaçanã. De acordo com as investigações do 73º Distrito Policial (DP), Barreto foi até o local e, inicialmente, proferiu ameaças contra a ex-companheira.

Ele saiu da pastelaria, mas retornou minutos depois portando duas armas de fogo. Imagens de câmeras de segurança que registraram a agressão mostram o momento em que ele pergunta "não vai sair, é?" antes de sacar as armas e efetuar os disparos.

Seis tiros e fuga: a sequência do ataque

Bruno Barreto disparou seis tiros contra Evelin, atingindo-a em diversas partes do corpo. A violência do ataque deixou a mulher gravemente ferida. Após o crime, o agressor fugiu correndo do local e segue foragido. A Justiça foi acionada para expedir o mandado de prisão em seu desfavor.

A vítima foi resgatada em estado crítico e transportada de helicóptero para o Hospital das Clínicas de São Paulo, onde permanece internada, mas com vida. A sobrevivência dela é considerada um milagre, dada a brutalidade e a proximidade dos tiros.

Motivação: ciúmes e não aceitação do término

As investigações apontam que a motivação do crime está diretamente ligada à não aceitação do fim do relacionamento por parte de Bruno Barreto. Segundo o boletim de ocorrência, após o término, o homem passou a ameaçar Evelin de morte, afirmando que, se ela não voltasse com ele, mataria a ex-mulher e toda a sua família.

Um agravante, citado na delegacia, foi o ciúme de Barreto pelo fato de Evelin ter iniciado um novo relacionamento há cerca de um mês, justamente com uma colega de trabalho que estava no local e testemunhou o atentado. A nova companheira da vítima presenciou toda a cena de horror.

A própria Evelin já havia relatado à polícia, em ocasiões anteriores, que o ex-namorado a ameaçava constantemente no trabalho, deixando-a em estado de permanente medo. O caso está sendo tratado pelas autoridades como tentativa de feminicídio, um crime hediondo que reflete o grave problema da violência doméstica no país.