Soldado confessa feminicídio e incêndio em quartel do Exército no DF
Soldado confessa matar militar e incendiar quartel no DF

Um crime chocante abalou o Setor Militar Urbano (SMU) em Brasília nesta sexta-feira, 5 de abril. O soldado Kelvin Barros da Silva, de 21 anos, confessou à Polícia Civil do Distrito Federal o assassinato da cabo Maria de Lourdes Freire Matos, de 25 anos, e o incêndio criminoso nas dependências do quartel onde ambos serviam.

Detalhes do crime e prisão em flagrante

De acordo com o depoimento do próprio suspeito, após uma discussão, ele esfaqueou o pescoço da vítima. Em seguida, para tentar ocultar o crime, utilizou álcool e um isqueiro para iniciar um incêndio no local. O corpo de Maria de Lourdes foi encontrado carbonizado pelos bombeiros, que controlaram as chamas por volta das 16h.

Kelvin Barros foi preso em flagrante pela 2ª Delegacia de Polícia (Asa Sul). O delegado-chefe Paulo Noritika afirmou que o caso está sendo investigado como feminicídio, uma vez que o suspeito relatou ter tido um relacionamento com a vítima.

Arma é localizada e suspeito é identificado

No sábado, 6 de abril, as investigações tiveram um avanço crucial. A arma de fogo que pertencia à militar foi encontrada pela polícia. O objeto estava dentro de um bueiro na região do Itapoã, a cerca de 30 quilômetros do quartel, envolto em uma peça de vestuário do Exército.

O suspeito, que assim como a vítima integrava o 1º Regimento de Cavalaria de Guardas (1º RCG), não possui antecedentes criminais. Ele está preso no Batalhão de Polícia do Exército de Brasília. Em nota, o Exército informou que Kelvin Silva responde a processo criminal e "deve ser excluído das fileiras da Força e responsabilizado pelo ato cometido".

Vítima era dedicada e caso gera comoção

Maria de Lourdes era conhecida por sua dedicação. O 1º Regimento de Cavalaria de Guardas emitiu uma nota lamentando a tragédia e destacando que a trajetória da cabo "foi marcada por dedicação, profissionalismo e um compromisso exemplar", especialmente no serviço prestado na Fanfarra da unidade.

O Comando Militar do Planalto afirmou que a família da militar está recebendo apoio. Até a tarde de sábado, os investigadores ainda buscavam o celular de Maria de Lourdes, que pode ter sido destruído pelo fogo.