
Um caso de violência extrema chocou São Paulo nesta semana. O sargento da Polícia Militar, identificado apenas como "F.S.", alegou em depoimento não se lembrar de ter cometido o assassinato brutal de sua esposa, ocorrido em uma clínica da capital paulista.
Crime de extrema violência
A vítima, de 38 anos, foi atingida por nada menos que 51 facadas e três tiros, segundo o laudo pericial. O crime aconteceu na última quarta-feira (22), em um estabelecimento de saúde da Zona Oeste de São Paulo.
Testemunhas relataram à polícia que o casal estava em processo de separação, mas os motivos exatos que levaram à tragédia ainda estão sendo investigados.
Depoimento polêmico
Em interrogatório, o acusado, que tem 20 anos de carreira na PM, afirmou não ter memória do ocorrido. "Não me recordo de ter feito isso com ela", declarou o militar à Justiça.
Especialistas consultados pela reportagem afirmam que a alegação de perda de memória em casos assim é relativamente comum, mas precisa ser cuidadosamente analisada por peritos.
Reação da corporação
A Polícia Militar emitiu nota informando que o caso está sendo acompanhado pela corregedoria da instituição. O sargento foi afastado de suas funções e responde a inquérito policial.
Vizinhos da família relataram à imprensa que o casal tinha histórico de discussões, mas nunca imaginaram que a situação chegaria a esse extremo.
Estatísticas alarmantes
O caso reacende o debate sobre violência doméstica no Brasil. Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostram que:
- A cada hora, 5 mulheres são agredidas no país
- 68% dos casos ocorrem na residência da vítima
- Em 34% das ocorrências, o agressor é parceiro ou ex-parceiro
O acusado permanece preso à disposição da Justiça, enquanto familiares da vítima preparam o enterro que deve ocorrer nos próximos dias.