
O Rio de Janeiro virou palco de uma verdadeira caçada humana nesta quarta-feira. Não, não era filme de ação - era a vida real mostrando seus dentes. Quase 100 indivíduos com ficha mais suja que beco de favela foram recolhidos pelas autoridades em um Dia D contra a violência feminina.
Parece que finalmente alguém decidiu levar a sério aquela história de que mulher não é saco de pancada. As operações - porque foram várias, simultâneas - sacudiram diferentes cantos do estado como um terremoto de justiça. De madrugada até o fim da tarde, os policiais trabalharam feito formiguinhas, mas ao invés de folhas, carregavam mandados de prisão.
Números que impressionam (e assustam)
Olha só o que a polícia aprontou:
- 98 prisões - quase uma centena de problemas a menos nas ruas
- Mais de 600 mandados cumpridos, entre buscas e apreensões
- Armas, drogas e até documentos falsos apreendidos
Não foi ação de um dia só, claro. Tudo faz parte daquela Operação Resguardo que já vinha rolando há tempos. Sabe quando você vai tirar o lixo acumulado da semana? Foi mais ou menos isso, só que com marginais.
Por trás das grades
Os presos não eram qualquer zé-ninguém. A lista incluía desde agressores domésticos até criminosos mais pesados, do tipo que faz vítima chorar e depois some no mapa. Alguns tinham até medidas protetivas violadas - como se papel na mão de mulher assustasse bandido.
E não pense que foi só em comunidade. A operação varreu de bairro nobre a periferia, provando que violência contra mulher não escolhe CEP. Tinha de tudo um pouco: marido violento, ex-que-não-supera, cafetão... O pacote completo da desgraça alheia.
Enquanto isso, os números oficiais continuam assustadores: só este ano, o RJ já registrou mais de 50 feminicídios. Cinquenta vidas interrompidas por pura covardia. A operação de hoje foi um sopro de esperança - pequeno, mas melhor que nada.