Uma manifestação tomou as ruas de Florianópolis neste domingo (7) para exigir o fim da violência de gênero e dos feminicídios no Brasil. O ato, que integra o movimento nacional Levante Mulheres Vivas, reuniu dezenas de pessoas na capital catarinense.
Marcha pelas ruas da capital
O protesto teve início por volta das 13h, na cabeceira da Ponte Hercílio Luz. De lá, um grupo formado por mulheres e homens seguiu em caminhada pelas ruas da cidade até o Terminal de Integração do Centro (Ticen). Os participantes carregavam cartazes e bandeiras com mensagens de repúdio à violência e em defesa da vida das mulheres.
A mobilização ocorre em um contexto de alarmante crescimento de casos de feminicídio no país. Dados revelam que o Brasil já contabiliza mais de mil casos de feminicídio registrados apenas em 2025, destacando a urgência do tema.
Memória de Catarina Kasten
Um dos momentos mais emocionantes do ato foi a homenagem à professora Catarina Kasten, de 31 anos. Catarina, formada em Letras em Inglês em 2022, foi estuprada e assassinada no dia 21 de novembro em uma trilha de Florianópolis. Ela saiu de casa por volta das 7h para uma aula de natação, mas nunca chegou ao destino.
O acusado pelo crime é Giovane Correa Mayer, de 21 anos, preso no mesmo dia e que confessou os atos. Natural de Viamão (RS), ele não conhecia a vítima. Mayer agora é réu em um processo no qual responde por feminicídio qualificado, estupro e ocultação de cadáver.
Um movimento nacional
O Levante Mulheres Vivas não é um evento isolado. A convocatória para protestos aconteceu neste fim de semana em diversas cidades brasileiras, como forma de denunciar coletivamente a escalada da violência de gênero no país.
As manifestações buscam pressionar por políticas públicas mais efetivas e por uma mudança cultural que enfrente a raiz do problema. A mobilização em Florianópolis reforça que a luta pelo fim da violência contra as mulheres continua nas ruas e na memória daquelas que foram vítimas, como Catarina.