Eventos em Manaus: Promotora Relata Assédio Sexual por Motorista de Aplicativo — Caso Vai Parar na Delegacia
Promotora relata assédio sexual em app de transporte em Manaus

Não é exagero dizer que uma simples corrida de aplicativo pode se transformar num pesadelo. Foi o que aconteceu com uma corajosa promotora de eventos aqui de Manaus, que preferiu não identificar-se publicamente — e quem pode culpá-la? Na noite de domingo, 25 de agosto, o que deveria ser um trajeto rotineiro tornou-se uma experiência aterradora.

Ela havia solicitado um veículo por um aplicativo de mobilidade (óbvio, né? Todo mundo usa) para ir de um evento no Centro de Convenções do Amazonas, o famoso Sambódromo, até sua residência. Tudo normal até aí. O motorista, no entanto, decidiu que as regras de civilidade não se aplicavam a ele.

Segundo o relato dela, registrado na Delegacia Especializada em Crimes contra a Mulher (DEAM), o condutor começou a fazer comentários absolutamente inapropriados. Investidas verbais, propostas indecorosas — um verdadeiro festival de falta de respeito. A promotora, assustada, mas mantendo a calma como só uma mulher acostumada a lidar com situações difíceis consegue, filmou parte da interação. Sim, ela teve a presença de espírito de documentar o constrangimento.

O Desespero no Carro e a Reação Imediata

Imagine a cena: você está dentro de um carro, com um estranho no volante, e ele começa a ultrapassar todos os limites. O instinto é de pânico, mas também de sobrevivência. Foi isso. Ela conseguiu finalizar a corrida — não sabemos se antes do destino combinado — e agiu rápido.

Dirigiu-se diretamente à DEAM, onde formalizou a queixa. A perícia já está analisando as imagens que ela conseguiu capturar. Agora, as autoridades correm atrás do motorista, que certamente vai responder pelo que fez. A importunação sexual é crime, previsto na Lei nº 13.718/2018, e a pena pode chegar a cinco anos de prisão. Não é brincadeira.

E Agora? O que Dizem as Empresas de Aplicativo?

Boa pergunta. A gente sempre fica se perguntando qual é o protocolo dessas plataformas quando uma coisa dessas acontece. Em nota, a empresa — que não foi nomeada na matéria original — disse que está prestando todo o suporte necessário à vítima e que o motorista foi imediatamente removido da plataforma. Além disso, afirmaram que cooperam integralmente com a investigação policial.

Mas será que é suficiente? Todo mundo já ouviu histórias parecidas. É sempre a mesma coisa: o cara é banido, mas pode acabar se cadastrando de novo, ou em outro app. A sensação de insegurança, principalmente para as mulheres, é enorme. Manaus não está imune a isso, longe disso.

Esse caso joga um holofote brutal sobre um problema que é nacional: a vulnerabilidade de passageiras em veículos de aplicativo. Não é a primeira vez, infelizmente, e dificilmente será a última. O que muda, agora, é que as mulheres estão cada vez menos dispostas a se calar.

O caso segue sob investigação. Enquanto isso, a dica que fica é sempre a mesma: confie no seu instinto, registre tudo o que puder e denuncie. Não fique quieta.