
O que leva um homem a apontar uma arma para a mulher que um dia jurou amar? Ou a ameaçar com um tijolo a pessoa que dividiu sua vida? Dois casos recentes em Presidente Prudente mostram que a violência doméstica não apenas persiste, mas se manifesta das formas mais cruéis.
Na terça-feira, um homem de 41 anos decidiu que o fim do relacionamento não seria aceito passivamente. Armado com uma pistola, ele foi até o local de trabalho da ex-companheira — imagine a cena: colegas assustados, o cotidiano interrompido pelo perigo real. Ameaçou matá-la ali mesmo, perante testemunhas horrorizadas.
Da ameaça à ação rápida da justiça
O que talvez ele não contasse era com a rapidez das autoridades. Em menos de 24 horas, a Polícia Civil já tinha o mandado de prisão em mãos. A preventiva foi decretada pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Presidente Prudente, e o homem foi capturado antes que pudesse causar mais dano.
Mas essa não foi a única história perturbadora da semana. Na mesma terça-feira, outro homem, de 35 anos, demonstrou que a criatividade na violência não tem limites. Durante uma discussão — dessas que começam com palavras ásperas e terminam em tragédia — ele pegou um tijolo. Sim, um tijolo.
O perigo mora ao lado
A ex-companheira, compreensivelmente aterrorizada, conseguiu fugir e registrar ocorrência. A Justiça, mais uma vez ágil, determinou a prisão preventiva do agressor no mesmo dia. Dois casos, mesma cidade, mesma violência covarde.
O que me impressiona, francamente, é a banalização dessas situações. Parece que alguns homens ainda acreditam que as mulheres são propriedade sua, mesmo após o término do relacionamento. E pior: que têm o direito de ameaçar, agredir, aterrorizar.
As delegacias da região têm registrado aumento nos casos de violência doméstica — um retrato triste do que acontece quando o respeito é substituído pelo instinto possessivo. As autoridades, pelo menos nesses casos, mostraram zero tolerância.
Um alerta necessário
Se você está passando por situação similar, não espere que a ameaça se concretize. A delegacia da mulher existe para isso. Vizinhos, familiares, amigos — todos podemos ser a diferença entre a vida e a morte nessas situações.
Os dois homens agora aguardam o julgamento na cadeia. Enquanto isso, suas ex-companheiras tentam reconstruir a sensação de segurança que lhes foi roubada. Uma lição dura sobre como, às vezes, o perigo mora onde menos esperamos.