Homem preso por feminicídio em Goiânia: delegado revela histórico de agressões antes do crime brutal
Preso suspeito de feminicídio de mulher em situação de rua em GO

Era uma daquelas noites abafadas em Goiânia, dessas que parecem não acabar nunca, quando a violência mais uma vez mostrou sua cara cruel. Desta vez, a vítima foi uma mulher que vivia nas ruas - alguém que muitos nem notariam passar, mas cuja vida importava.

O delegado Marcelo Marques, da Delegacia de Homicídios, não esconde a revolta ao contar os detalhes. O suspeito, já preso, não era um desconhecido da vítima. Pelo contrário: havia um histórico perturbador entre eles.

"Ele já tinha agredido ela antes do assassinato", revela o delegado, com aquela voz cansada de quem vê too many cenas que nunca deveriam existir. Como se a vida fosse descartável. Como se alguns achassem que podem fazer o que querem com quem está na margem.

O que sabemos sobre o crime

A polícia correu atrás das pistas - e elas levaram direto ao suspeito. Um homem que, pelas informações, decidiu que podia tirar uma vida. A vítima, mulher em situação de rua, foi encontrada sem vida em uma área central da cidade.

O mais revoltante? Não foi algo que aconteceu do nada. Havia uma história prévia de violência, um padrão que poderia ter sido interrompido antes que terminasse em tragédia.

Marcelo Marques foi direto: o trabalho da polícia foi fundamental para prender o acusado rapidamente. Mas a pergunta que fica é: quantos casos assim acontecem sem que ninguém sequer note?

Um retrato doloroso da realidade

Goiânia, como tantas outras cidades brasileiras, enfrenta diariamente o desafio de proteger seus cidadãos mais vulneráveis. E quando falamos de mulheres em situação de rua, a vulnerabilidade é multiplicada por dez.

O caso escancara uma verdade inconveniente: a violência contra mulheres, especialmente aquelas em situações precárias, muitas vezes acontece às vistas de todos. E pior: se repete, escalando até chegar ao ponto sem retorno.

Enquanto isso, as investigações seguem - porque prender é importante, mas entender o que leva alguém a cometer tamanha brutalidade é fundamental para evitar que se repita.

A pergunta que não quer calar: quantas mulheres precisam morrer antes que a sociedade acorde para a violência que acontece bem debaixo de nossos narizes?