Feminicídio em Manaus: homem preso por matar ex-companheira com água fervente
Preso suspeito de feminicídio com água fervente em Manaus

Um crime de extrema crueldad chocou a Zona Leste de Manaus e resultou na prisão de um homem acusado de feminicídio. Edinaldo Soares de Lima, de 43 anos, foi localizado e detido pela Polícia Civil na última segunda-feira, dia 1º, suspeito de assassinar sua ex-companheira, também de 43 anos, ao jogar água fervente sobre o corpo dela.

Detalhes do crime ocorrido em julho

O ataque violento aconteceu no dia 13 de julho deste ano, no bairro Gilberto Mestrinho. De acordo com as investigações, o casal estava envolvido em uma discussão quando o suspeito cometeu o ato. A vítima, que era portadora de diabetes, sofreu queimaduras graves por todo o corpo e precisou ser internada urgentemente em uma unidade hospitalar.

Ela lutou pela vida por 20 dias, mas não resistiu aos ferimentos e veio a falecer em decorrência das queimaduras. O laudo pericial do Instituto Médico Legal (IML) atestou que a causa da morte foi choque séptico, sepse, infecção cutânea e as queimaduras provocadas por agente físico, no caso, a água em ebulição.

Prisão e enquadramento legal

Após intensa busca, a polícia conseguiu localizar e prender Edinaldo Soares de Lima. O suspeito foi indiciado pela qualificadora de feminicídio, crime previsto quando o assassinato envolve violência doméstica e familiar ou menosprezo à condição de mulher. Ele agora está à disposição da Justiça, aguardando as próximas etapas do processo legal.

Este caso trágico ilustra a forma brutal que a violência contra a mulher pode assumir dentro de relações afetivas. O uso de um líquido fervente como arma demonstra uma intenção clara de causar sofrimento intenso e danos permanentes, caracterizando a gravidade do crime.

Contexto nacional alarmante

O feminicídio registrado em Manaus não é um incidente isolado. Dados nacionais revelam um cenário preocupante: o Brasil já registrou mais de mil casos de feminicídio apenas em 2025. Esses números destacam a urgência de políticas públicas eficazes, redes de apoio fortalecidas e uma mudança cultural profunda para combater e prevenir a violência de gênero.

Cada caso, como o ocorrido na capital amazonense, serve como um alerta sombrio sobre a necessidade de denúncia, proteção às vítimas e responsabilização dos agressores. A sociedade e as autoridades precisam atuar em conjunto para romper o ciclo da violência doméstica.