
Feira de Santana virou palco de mais um caso chocante de violência contra a mulher. Dessa vez, um sujeito — que já tinha histórico de agressões — resolveu "acertar contas" com a ex-companheira da pior maneira possível. Pegou uma faca e partiu pra cima, como se ela fosse um pedaço de carne no açougue.
Segundo testemunhas, o clima já estava pesado há tempos. "Ele sempre foi do tipo ciumento, daqueles que acham que mulher é propriedade", comentou uma vizinha, pedindo anonimato. O que ninguém esperava era que a coisa fosse escalar pra tentativa de homicídio.
O ataque
Por volta das 14h de sexta, o clima esquentou. Discussão, gritos, e de repente — facadas. A vítima, uma mulher de 32 anos, levou golpes nos braços, costas e abdômen. Teve sorte, se é que dá pra chamar isso. Se não fosse a intervenção de moradores (e a demora do agressor em fugir), o desfecho poderia ter sido trágico.
"Ela tava ensanguentada, mas consciente. Até tentou se proteger com as mãos", relatou um comerciante da região, ainda abalado. O SAMU chegou rápido, mas a cena já estava gravada na memória de quem viu.
A prisão
O cara nem teve tempo de sumir no mapa. A PM prendeu ele horas depois, escondido na casa de um conhecido. Na delegacia, ficou claro: não era a primeira vez que ele ameaçava a ex. Tinha boletim de ocorrência, medida protetiva, o pacote completo que, infelizmente, muitas vezes não impede o pior.
O delegado responsável pelo caso foi direto: "Isso aqui é tentativa de feminicídio, não tem outra classificação". Agora, o sujeito responde por tentativa de homicídio qualificado — e dificilmente vai escapar da cadeia tão cedo.
Enquanto isso, a vítima se recupera no hospital. Com sequelas físicas, claro, mas principalmente as emocionais — essas, mais difíceis de cicatrizar. O caso reacende o debate sobre a efetividade das medidas protetivas e a cultura machista que ainda impera em muitos cantos do país.