Sargento da PM mata esposa com 51 facadas e 3 tiros em clínica de Santos
PM mata esposa com 51 facadas e 3 tiros em Santos

Um crime de feminicídio chocou a cidade de Santos, no litoral de São Paulo, quando um sargento da Polícia Militar assassinou sua própria esposa durante uma consulta médica. O caso, que completa mais de sete meses, seguiu com uma audiência de instrução realizada de forma virtual nesta terça-feira (25).

Detalhes do crime brutal

O crime ocorreu no dia 7 de maio, na Avenida Pinheiro Machado, no bairro Marapé, em Santos. Samir Carvalho, sargento da PM, matou sua companheira, Amanda Fernandes Carvalho, de 42 anos, com três tiros e 51 facadas dentro de uma clínica médica.

A filha do casal, de apenas 10 anos, também foi atingida por disparos durante o ataque, mas sobreviveu após ficar internada por seis dias recebendo tratamento médico. Samir foi preso em flagrante logo após cometer o crime.

Audiência de instrução

Durante a audiência de instrução desta terça-feira, quando são apresentados argumentos e provas para o andamento do processo, o réu permaneceu em silêncio e não demonstrou qualquer emoção com os depoimentos das 15 testemunhas.

Foram ouvidas sete testemunhas de acusação, entre elas o médico e pacientes que estavam no local do crime, além de amigos do casal e policiais militares que atenderam a ocorrência. Pela defesa de Samir, participaram oito testemunhas, incluindo amigos, familiares e colegas de trabalho.

O promotor do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) pediu a pronúncia de Samir para que ele fosse a júri por feminicídio e tentativa de feminicídio. No entanto, a defesa do réu solicitou um prazo para se manifestar após o exame de sanidade mental.

Exame de sanidade mental

Segundo apurado, o exame de sanidade mental avaliará se Samir tinha capacidade de entender o caráter criminoso da própria conduta. A juíza determinou a instauração de incidente de insanidade mental do acusado, previsto no artigo 149 do Código de Processo Penal.

O exame pericial psiquiátrico avaliará se ele era imputável, semi-imputável ou inimputável no momento do crime. Se constatada a inimputabilidade, o réu não cumpre pena em presídio comum, mas sim uma medida de segurança em hospital de custódia.

A Justiça deve aguardar a manifestação dos advogados de defesa para determinar a sentença de pronúncia ou impronúncia, decidindo se o caso seguirá para júri popular ou não.