Pastor de 50 anos preso por feminicídio no Acre terá julgamento em dezembro
Pastor preso por feminicídio no Acre: julgamento em dezembro

Um pastor evangélico de 50 anos, acusado de assassinar sua esposa a golpes de facão, terá o julgamento marcado para o próximo dia 9 de dezembro no Acre. O crime chocou a comunidade rural de Capixaba e expõe um histórico de violência do réu.

Detalhes do crime brutal

Natalino do Nascimento Santiago, de 50 anos, é acusado de cometer feminicídio contra sua esposa Auriscléia Lima do Nascimento, de apenas 25 anos. O crime ocorreu em junho deste ano na Comunidade Campo Alegre, zona rural do município de Capixaba, no interior do Acre.

Além de assassinar a esposa, o pastor também agrediu o filho de 14 anos da vítima, que ele criava como próprio filho. Inicialmente, a acusação incluía tentativa de homicídio contra o adolescente, mas posteriormente foi reclassificada para lesão corporal.

Fuga e prisão do acusado

Após cometer o crime, Natalino fugiu e permaneceu foragido por quatro dias até ser capturado em 14 de junho. A prisão ocorreu em uma área de mata dentro da Resex Chico Mendes, onde o pastor tentava se esconder das autoridades.

No dia seguinte à prisão, a Justiça acreana decretou sua prisão preventiva com base na reincidência criminal. O réu já havia sido condenado anteriormente por um homicídio cometido em 2011 e descumpriu medidas cautelares quando teve progressão de regime.

Processo judicial e histórico criminal

O Ministério Público Estadual do Acre (MP-AC) ofereceu denúncia por feminicídio qualificado, agravado por artigos da Lei Maria da Penha. A acusação também inclui tentativa de homicídio qualificado por motivo fútil, meio cruel e contra vítima vulnerável.

De acordo com o Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC), Natalino já cumpria pena de 35 anos de prisão por matar um homem no bairro Palheiral, em 2011, na capital acreana. As penas foram unificadas e ele voltou a cumprir regime fechado após a prisão.

O processo passou por audiência de instrução em 25 de agosto, quando acusação e defesa apresentaram provas e testemunhas. A Defensoria Pública do Acre (DPE-AC), que representa o réu, pediu a exclusão das acusações, mas o juiz entendeu que o caso cumpria todos os requisitos para seguir ao júri popular.

O pastor segue preso aguardando o julgamento marcado para 9 de dezembro pela Vara Criminal de Capixaba. Caso seja comprovada a autoria dos crimes, ele deverá receber uma nova pena além da que já cumpre.