Pai é preso por estuprar a própria filha em Manaus; mãe sentia prazer com abusos, diz delegada
Pai preso por estuprar filha em Manaus; mãe compactuava

Um caso que chocou a sociedade manauara teve desdobramentos nesta quarta-feira (05) com a prisão de um homem acusado de cometer estupros contra a própria filha. As investigações revelaram detalhes ainda mais perturbadores: a mãe da vítima tinha conhecimento dos abusos e, segundo a delegada responsável pelo caso, "sentia prazer ao saber das violências".

Crimes na própria casa

Os abusos sexuais ocorriam dentro do lar da família, localizado na zona leste de Manaus. A Polícia Civil do Amazonas iniciou as investigações após receber denúncias anônimas sobre a situação da menor.

De acordo com a delegada Tatiana Figueiredo, que comanda as investigações, o pai era o principal agressor, mas a conduta da mãe se mostrou igualmente condenável. "Ela não apenas se omitia, como demonstrava satisfação com a situação. É um caso de extrema gravidade onde a vítima estava completamente vulnerável dentro do próprio seio familiar", relatou a autoridade policial.

Mãe também será responsabilizada

As investigações apontam que a mãe tinha pleno conhecimento dos crimes cometidos pelo marido e, em vez de proteger a filha, compactuava com as violências. Ela agora responde como coautora dos crimes.

"Estamos diante de uma situação onde os próprios responsáveis pela proteção da criança se tornaram seus algozes. A conduta da mãe é especialmente revoltante por sua passividade e, segundo relatos, até mesmo prazer com o sofrimento da filha", explicou a delegada.

Operação policial e prisões

O pai foi preso em flagrante e já se encontra à disposição da Justiça. A mãe também foi detida e responderá pelos mesmos crimes. Ambos podem cumprir pena em regime fechado inicialmente.

A delegada enfatizou a importância das denúncias para casos como este: "Sem a coragem de quem denunciou, essa menina continuaria sofrendo em silêncio. É fundamental que a sociedade fique atenta e denuncie qualquer suspeita de violência contra crianças".

O caso segue sob investigação da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca) de Manaus.