Nada menos que 15 homens foram detidos nesta quarta-feira (7) no Rio de Janeiro — e não foi por pouco. A operação, que pegou muitos de surpresa, mirou especificamente casos de violência doméstica que estavam engavetados ou sem solução. A coisa foi séria: mandados de prisão expedidos em pelo menos oito bairros da capital fluminense.
Quem coordenou essa ação foi a Delegacia de Atendimento à Mulher (DEAM), mas não trabalharam sozinhos. A Defensoria Pública entrou com o suporte jurídico, enquanto ONGs especializadas no tema deram o apoio às vítimas. Uma rede que, quando funciona, mostra resultados.
Os números que assustam
Sabe aquele ditado de que "em time que está ganhando não se mexe"? Pois é, mas quando o time está perdendo, tem que mudar o esquema tático. E os números justificam a operação:
- Mais de 50 inquéritos revisados — alguns parados há meses
- 15 prisões em menos de 12 horas de operação
- Armas apreendidas: 3 revólveres e uma faca
O delegado responsável, que preferiu não se identificar, foi categórico: "Isso aqui é só o começo. Tem muita gente que acha que pode agredir e ameaçar impunemente. Vamos provar que estão errados".
Como as vítimas podem pedir ajuda
Se tem uma coisa que deixou claro essa operação: não dá mais para ficar calada. O canal de denúncias 180 continua funcionando 24 horas, mas agora com um reforço. As unidades móveis da DEAM estão circulando pelas zonas mais críticas da cidade — sim, aquelas que todo mundo sabe onde são, mas finge que não vê.
E tem mais: as medidas protetivas, que antes demoravam semanas para sair, agora estão sendo expedidas em até 48 horas. Claro que ainda é pouco, mas já é um avanço considerável. Como disse uma das vítimas atendidas (que pediu anonimato): "Antes eu tinha medo de denunciar. Hoje sei que, se não for por mim, será por outra. E isso me dá coragem".
