Uma cena de horror marcou o bairro Conjunto Palmeiras, em Fortaleza, na última segunda-feira (4). Uma mulher de 43 anos foi brutalmente assassinada a facadas pelo ex-companheiro, apenas seis dias após conseguir uma medida protetiva contra ele. O caso expõe dramaticamente as falhas no sistema de proteção às vítimas de violência doméstica.
Proteção que chegou tarde
De acordo com informações da Polícia Militar, a vítima havia conseguido judicialmente a medida protetiva no dia 29 de outubro, após relatar ameaças e agressões do ex-companheiro. A ordem judicial, no entanto, não foi suficiente para impedir a tragédia que se abateu sobre ela menos de uma semana depois.
O crime aconteceu por volta das 19h30 de segunda-feira, quando o suspeito, de 45 anos, invadiu a residência da ex-companheira e desferiu múltiplas facadas contra ela. Vizinhos que ouviram os gritos acionaram imediatamente a polícia, mas quando os agentes chegaram ao local, a mulher já estava sem vida.
Captura do suspeito
O autor do crime não conseguiu fugir do local. A Polícia Militar realizou a prisão em flagrante do ex-companheiro, que agora responde por feminicídio. Testemunhas relataram que o homem estava visivelmente alterado no momento do crime.
"Este é mais um caso triste que mostra como a violência doméstica precisa ser combatida com mais eficácia", declarou um dos policiais que atenderam à ocorrência.
Alerta sobre a violência doméstica
Este feminicídio levanta questões urgentes sobre:
- A eficácia das medidas protetivas em situações de alto risco
- A necessidade de mecanismos mais ágeis de proteção às vítimas
- O acompanhamento psicológico tanto para vítimas quanto para agressores
- Campanhas de conscientização mais efetivas sobre violência doméstica
O corpo da vítima foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para exames, enquanto o suspeito aguarda julgamento nas dependências policiais. A tragédia serve como um alerta sombrio sobre a escalada da violência contra a mulher no Brasil.