
Numa cena que parece saída de um pesadelo — mas infelizmente era real —, uma mulher foi vítima de extrema violência no último domingo (15) em Jales, interior de São Paulo. O que começou como uma discussão banal num posto de combustível descambou para o inacreditável: o ex-companheiro da vítima a espancou com socos e chutes, depois a arrastou pelo cabelo como se ela fosse um saco de lixo.
Testemunhas ficaram paralisadas. Algumas até filmaram — porque hoje em dia, parece que a primeira reação diante do absurdo é puxar o celular, não intervir. As imagens, é claro, não deixam dúvidas: ele bateu nela com uma fúria que dava medo. E o pior? Depois de tudo, simplesmente fugiu como um covarde, deixando a mulher jogada no chão.
Detalhes que doem
Segundo informações da polícia, o casal já tinha histórico de brigas. Dessa vez, a discussão teria começado por ciúmes (sempre essa velha desculpa para justificar o injustificável). A vítima, que preferiu não se identificar, sofreu escoriações por todo o corpo e precisou de atendimento médico — mas, sabe como é, os hematomas físicos são só parte da história. O trauma psicológico? Esse fica.
O agressor, cujo nome a gente nem vai repetir aqui pra não dar ibope, sumiu depois do crime. A polícia já está atrás dele, mas até agora nada. Enquanto isso, moradores da região estão assustados. "Nunca vi uma coisa dessas aqui", comentou um frentista que pediu pra não ser identificado. "Ela gritava, mas ninguém teve coragem de chegar perto."
O que diz a lei?
Pela Lei Maria da Penha, esse tipo de agressão pode render até 3 anos de cadeia — mas vamos combinar que, na prática, a pena costuma ser bem mais branda. E é aí que mora o perigo: quando o agressor percebe que "não dá em nada", a tendência é a violência escalar. Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostram que, só no primeiro semestre de 2025, casos assim aumentaram 12% no estado.
Enquanto a justiça não age com a firmeza que deveria, resta às vítimas correr atrás de medidas protetivas — que, convenhamos, são mais um paliativo do que solução. "É preciso mudar a cultura que normaliza a violência contra a mulher", opina a delegada responsável pelo caso, em tom que mistura cansaço e indignação. "Mas enquanto isso, precisamos proteger essas mulheres."