Uma tragédia chocou as Forças Armadas na tarde de sexta-feira, 5 de dezembro de 2025. O corpo carbonizado de uma militar foi encontrado dentro do 1º Regimento de Cavalaria de Guardas, quartel do Exército localizado no Distrito Federal. A vítima foi identificada como a cabo Maria de Lourdes Freire Matos, de apenas 25 anos.
Colega e companheiro confessa crime brutal
O autor do feminicídio não demorou a ser identificado e confessou a autoria. Trata-se do soldado Kelvin Barros da Silva, de 21 anos, que mantinha um relacionamento amoroso com a cabo Maria de Lourdes. De acordo com o depoimento do próprio militar, os dois tiveram uma discussão acalorada nas dependências da banda do quartel, local onde a vítima atuava como saxofonista.
Durante a briga, conforme a versão de Silva, Maria de Lourdes teria sacado uma arma de fogo. Em reação, o soldado a atingiu com uma facada no pescoço. A cabo não resistiu ao ferimento e faleceu no local. Para tentar ocultar o crime, Kelvin Silva ateou fogo nas dependências do regimento.
Incêndio criminoso e prisão em flagrante
O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal foi acionado por volta das 16h para controlar as chamas. No local, os bombeiros relataram ter encontrado uma "grande quantidade de material combustível", o que indica a intenção premeditada de destruir evidências. Apesar disso, o incêndio foi controlado de forma rápida.
O soldado Kelvin Silva foi preso em flagrante pela 2ª Delegacia de Polícia e, posteriormente, transferido para a custódia do Batalhão de Polícia do Exército em Brasília. Ele responderá judicialmente por uma série de crimes graves.
Pena pode chegar a 44 anos de prisão
Além de ser processado por feminicídio, o soldado vai responder pelos crimes de furto de arma, incêndio e fraude processual. A soma das penas dos delitos pode ultrapassar 44 anos de reclusão. Paralelamente ao processo criminal, ele passará por procedimento administrativo para ser expulso das Forças Armadas.
A morte da cabo Maria de Lourdes, uma jovem militar e musicista, reacende o debate sobre a violência contra a mulher e a segurança dentro das instituições. O caso, que mistura crime passional e um ambiente militar, segue sob investigação das autoridades policiais e do Exército Brasileiro.