Mãe de Isabella Nardoni critica série Tremembé: 'Revive pior dia'
Mãe de Isabella Nardoni ataca série Tremembé

A vereadora Ana Carolina Oliveira, mãe de Isabella Nardoni, manifestou forte crítica à série 'Tremembé', produção disponível na plataforma Max que aborda de forma ficcional a história de criminosos em uma famosa prisão paulista, incluindo o casal Nardoni.

Revivendo a dor após 17 anos

Em entrevista concedida ao jornal Folha de São Paulo, Ana Carolina desabafou sobre a experiência de ver a história da morte de sua filha sendo recontada quase duas décadas depois do ocorrido. Isabella Nardoni foi assassinada em 2008, quando tinha apenas cinco anos de idade, em um crime que chocou o Brasil.

"É doloroso perceber que, enquanto para muitos parece apenas uma série, para mim é o pior dia da minha vida sendo revivido", afirmou a vereadora durante a conversa com o veículo.

A verdadeira história por trás da ficção

Ana Carolina Oliveira destacou que a narrativa apresentada na série perde o foco principal do ocorrido. Segundo ela, a verdadeira história não é sobre quem cometeu o crime, mas sobre uma criança que teve sua vida brutalmente interrompida.

"A verdadeira história não é sobre quem cometeu o crime, mas sobre uma criança que teve sua vida brutalmente interrompida", enfatizou a mãe de Isabella durante a entrevista.

Reconstrução de vida e atuação política

Em entrevista anterior ao portal G1, Ana Carolina havia contado como reconstruiu sua vida após a tragédia que marcou 2008. Atualmente exercendo mandato como vereadora, ela segue mantendo viva a memória da filha enquanto busca justiça e conscientização sobre casos de violência contra crianças.

A série 'Tremembé' chegou à plataforma de streaming Max em novembro de 2025, gerando polêmica ao abordar casos criminais reais sob uma perspectiva ficcional. A produção inclui entre seus personagens Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, condenados pelo assassinato de Isabella.

O caso Nardoni completa 17 anos em 2025, mantendo-se como um dos crimes mais emblemáticos da história recente do país, que continua a gerar discussões sobre a exploração midiática de tragédias reais.