
Um daqueles casos que faz qualquer pessoa perder a fé na humanidade. A gente até tenta entender, mas algumas coisas simplesmente não cabem na cabeça.
Em Ribeirão Preto, uma tragédia familiar está deixando todo mundo de cabelo em pé. Acontece que a polícia acabou de prender a mãe biológica de um bebê de apenas 1 ano que morreu depois de ser brutalmente espancado. E o pior? Ela estava lá, vendo tudo acontecer, e não fez absolutamente nada.
Duas mulheres, uma tragédia
Parece filme de terror, mas é a vida real. A madrasta da criança, uma mulher de 27 anos, já estava atrás das grades desde o dia 8 de outubro. Agora, completando o quadro triste, a mãe de 26 anos também foi algemada.
O delegado Sérgio Tavares, que está comandando as investigações, soltou uma frase que dá arrepios: "Ela admitiu que presenciou as agressões e não tomou nenhuma atitude para proteger o próprio filho". Como é que alguém consegue ver alguém batendo no próprio sangue e fica parada?
Os detalhes que doem
O bebê — nossa, só de escrever isso já fico com o coração apertado — chegou ao Hospital Municipal no último dia 3 com parada cardiorrespiratória. Os médicos lutaram, mas não teve jeito. Quando viram o corpozinho da criança, notaram logo que aquilo não era acidente doméstico, não.
- Hematomas por todo o corpo
- Marcas de espancamento evidentes
- Sinais de violência repetida
O laudo do IML veio como um soco no estômago: morte por traumatismo craniano. Coisa de gente sem coração.
O silêncio que condena
Aqui é que a ficha cai de vez. A mãe biológica — meu Deus, até escrever isso me causa estranheza — contou para os investigadores que a madrasta batia na criança com frequência. Frequentemente! E ela, que deveria ser a principal protetora do filho, simplesmente assistia àquilo calada.
O delegado foi direto ao ponto: "A conduta omissa da mãe configura participação no crime". Em outras palavras, quem vê violência e não faz nada é quase tão culpado quanto quem pratica.
As duas mulheres agora respondem por homicídio qualificado. A madrasta continua na cadeia, e a mãe biológica foi levada para o CDP feminino de Ribeirão Preto. O mundo dá voltas, mas algumas coisas não deveriam acontecer nunca.
Enquanto isso, a pergunta que não quer calar: até que ponto o medo ou qualquer outra coisa pode justificar uma mãe abandonar o próprio filho à própria sorte? Difícil responder, mas o tribunal da vida já deve ter seus vereditos.