Mãe de grávida agredida em via pública revela dor: 'Não suportei assistir ao vídeo até o fim'
Mãe de grávida agredida revela dor: 'Não vi vítodo até o fim'

Era pra ser mais um dia qualquer em São José do Rio Preto, mas o que deveria ser normalidade se transformou num pesadelo. No meio da rua, em plena luz do dia, uma cena de brutalidade que vai ecoar na memória de quem testemunhou — especialmente de uma família que jamais será a mesma.

A mãe da vítima, cuja identidade preservamos, mal consegue articular as palavras quando lembra do que aconteceu. "Não aguentei ver o vídeo todo", confessa, com a voz embargada por uma mistura de raiva e incredulidade. "Ver minha filha, grávida, sendo tratada daquela forma... é algo que nenhuma mãe deveria passar."

O que levou a isso?

Ainda não está totalmente claro o que desencadeou a agressão, mas testemunhas afirmam que tudo começou com uma discussão aparentemente banal — daquelas que, em circunstâncias normais, terminariam com cada um seguindo seu caminho. Só que não foi o que aconteceu.

O homem, identificado como Willian Gomes da Silva, reagiu com uma violência desproporcional. E o pior: a vítima estava grávida. Grávida! Algo que, em tese, deveria inspirar cuidado, proteção, mas que neste caso pareceu só piorar a fúria do agressor.

"Ele não parava"

Uma testemunha, que preferiu não se identificar, descreve a cena com um misto de horror e indignação. "Ele não parava. Mesmo com ela no chão, continuava. Foi quando várias pessoas intervieram — corajosamente, diga-se."

O agressor foi detido ainda no local. Preso em flagrante, como era de se esperar. Mas e aí? Será que isso basta? A família da vítima certamente não acha. A sensação de insegurança, o medo de que algo assim possa se repetir... isso não some com uma prisão.

A gestante, após o susto e a agressão, foi levada para o Hospital de Base. Felizmente, tanto ela quanto o bebê passam bem — um alívio num mar de angústia. Mas e o trauma? Como se mede isso? Como se cura?

Além da agressão física

Casos como esse não são só sobre violência física. São sobre o que resta depois: o medo que se instala, a sensação de vulnerabilidade, a quebra de um pacto social básico — o de que estamos razoavelmente seguros em espaços públicos.

A delegada Tatiana Cristina, que está à frente do caso, foi enfática: "Não mediremos esforços para que justice seja feita". Mas será que justiça, nesse contexto, é só prender e processar? Ou será que precisamos, como sociedade, refletir sobre o que leva uma pessoa a agir com tanta crueldade?

Enquanto isso, a família tenta reconstruir o que foi quebrado. A mãe da vítima repete, como um mantra misturado com luto: "Isso não pode ficar assim". E realmente — não pode.