
Eis que a vida prega peças que nem roteirista de novela ousaria inventar. Numa reviravolta que deixou toda Santos de queixo caído, a mãe do fisiculturista acusado de espancar a própria namorada – uma médica, imagine só – foi quem pegou o telefone e chamou a polícia contra o filho.
Parece ficção, mas é a pura realidade. O caso, que já estava grave por si só, ganhou contornos de drama familiar quando o atleta, em vez de enfrentar a música, deu no pé direto para a casa de um amigo. A fuga durou pouco, graças à atitude corajosa da progenitora.
O Desenrolar dos Fatos: Uma Noite que Terminou em Tragédia
Tudo começou numa sexta-feira aparentemente comum, 22 de agosto. O casal – ele um atleta musculosão, ela uma profissional da saúde – discutiu feio. A briga escalou rápido, muito rápido. Testemunhas contaram depois que ouviram gritos e barulhos assustadores vindos do apartamento.
Quando a poeira baixou, a jovem médica estava lá, machucada, muito machucada. Marcas roxas pelo corpo, cortes no rosto – a cena era de partir o coração de qualquer um. Ele, sabendo que tinha ido longe demais, não pensou duas vezes: fugiu. Sumiu no mapa.
A Decisão da Mãe: Sangue Mais Grosso que Água?
Mas aí vem a parte que realmente choca. A mãe do rapaz, ao descobrir o que o filho tinha feito – e onde ele estava escondido – não hesitou. Pegou o celular, discou 190 e falou tudo para a polícia. Sim, você leu direito: a mãe entregou o próprio filho.
Numa sociedade que muitas vezes fecha os olhos para violência doméstica, essa mulher fez o contrário. Colocou a justiça acima dos laços de sangue. Algo raro, infelizmente. O delegado que atendeu o caso não escondeu a surpresa – e o respeito – pela atitude dela.
O fisiculturista foi localizado rapidamente na casa de um amigo, em São Vicente. Preso em flagrante, aquele monte de músculos não adiantou de nada. A justiça agora corre seu curso, enquanto a vítima se recupera dos ferimentos – físicos e emocionais.
Esse caso vai além do crime em si. Levanta questões dolorosas sobre relacionamentos abusivos, famílias envergonhadas e a coragem incomum de quem decide fazer a coisa certa, mesmo quando dói na alma.