Mãe Abandona Bebê Sozinha em Casa Para Ir a Festa em Jucurutu: Caso Choca o RN
Mãe abandona bebê sozinha para ir a festa em Jucurutu

Imagina só: uma festa, música alta, gente dançando. E a um quilômetro dali, um silêncio que dói. Um berço vazio—não, cheio de uma solidão que nenhuma criança deveria conhecer. Foi exatamente essa a cena que a polícia encontrou em Jucurutu, no sertão do Rio Grande do Norte, no último domingo. Uma menina de apenas um ano, abandonada na própria casa, enquanto a mãe, uma jovem de 22 anos, supostamente se divertia em uma festa.

Parece roteiro de filme, mas é a pura realidade—e das mais cruéis. Vizinhos, aqueles fiscais não oficiais da vida alheia, ouviram o choro insistente da criança e estranharam. Nada de adulto por perto, só o som do desamparo. Aí, meu amigo, não deu outra: acionaram a polícia.

Os PMs chegaram ao local e encontraram a porta destrancada—um convite ao perigo, uma negligência gritante. Lá dentro, a pequena, assustada, mas fisicamente ilesa. Graças a Deus, ou aos vizinhos atentos. A mãe, segundo relatos, só apareceu bem depois, e ainda tentou justificar o injustificável. Disse que havia saído para comprar pão—uma versão que, convenhamos, não cola nem com supercola.

O que diz a lei?

Abandono de incapaz é crime, e das coisas sérias. Está previsto no artigo 133 do Código Penal, com pena de detenção de seis meses a três anos. E olha, não é brincadeira. Deixar uma criança dessa idade sozinha, mesmo que por pouco tempo, é uma roleta-russa com a vida de um ser que depende totalmente de você.

O delegado Dr. Francisco Canindé Silva, que está a frente do caso, foi direto: "A conduta da mãe foi, no mínimo, reprovável. Uma criança de um ano não tem condições de prover sua própria segurança, muito menos de pedir ajuda em caso de emergência". A mulher foi levada para a delegacia, autuada em flagrante e, após audiência de custódia, acabou presa preventivamente. A menina, bem, essa foi entregue aos cuidados do avô.

E o que fica?

Além da revolta, fica um questionamento: o que leva uma pessoa a tomar uma decisão dessas? Seria desespero? Immaturidade? Pura irresponsabilidade? Difícil dizer. O certo é que casos como esse ecoam como um alerta—um daqueles bem amargos—sobre a fragilidade de algumas vidas e o peso, muitas vezes negligenciado, da parentalidade.

Jucurutu, uma cidade geralmente tranquila, agora debate um assunto pesado. Nas redes sociais, a indignação é geral. Uns condenam veementemente a mãe; outros, tentam entender o contexto por trás do acto. Mas uma coisa é unanimidade: a sorte enorme de que a história não terminou em tragédia.