Adolescente de 17 anos é assassinada a tiros na Cidade de Deus após ameaças do ex
Jovem de 17 anos morta a tiros na Cidade de Deus

Uma tragédia marcada por violência e perseguição abalou a comunidade da Cidade de Deus, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, no último domingo (30). Andrielli Malaquias da Costa Silva, de apenas 17 anos, foi assassinada a tiros, em um crime que tem como principal suspeito o ex-companheiro, que não aceitava o fim do relacionamento.

Violência crescente e ameaças constantes

De acordo com relatos da família, o relacionamento entre a adolescente e o suspeito durou cerca de um ano e chegou a incluir uma fase em que moraram juntos. Nesse período, o comportamento do ex-namorado era descrito como extremamente agressivo, com episódios frequentes de agressões físicas e ameaças contra Andrielli.

Apesar de ter terminado a relação e iniciado um novo namoro, a jovem não encontrou paz. Parentes afirmam que ela vinha sendo perseguida pelo ex nos últimos dias. Ele repetia insistentemente que "faria algo contra ela", em claras ameaças que prenunciavam a tragédia.

A trama cruel do crime

No dia do assassinato, o suspeito teria arquitetado um plano para atrair Andrielli. Ele utilizou uma criança para chamar a atenção da adolescente e levá-la até o local onde o ataque foi perpetrado. A jovem foi surpreendida e atingida por cinco disparos de arma de fogo.

Baleada, Andrielli foi socorrida e levada inicialmente para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da própria comunidade. Devido à gravidade dos ferimentos, foi transferida para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca. Infelizmente, a adolescente não resistiu aos ferimentos e morreu.

Investigação em andamento e busca por justiça

O autor dos disparos fugiu do local imediatamente após cometer o crime. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), que busca identificar e prender o suspeito.

Este triste episódio expõe, mais uma vez, o ciclo da violência doméstica e os riscos extremos enfrentados por mulheres que tentam romper relações abusivas. A morte de Andrielli reforça a necessidade urgente de mecanismos eficazes de proteção às vítimas de ameaça e de combate ao feminicídio no Brasil.