
O silêncio que pairava sobre o apartamento de luxo na Zona Sul do Rio escondia uma cena de horror que viria a chocar a cidade inteira. Na tarde desta quinta-feira, o que começou como uma simples verificação de bem-estar se transformou num daqueles pesadelos que ninguém consegue esquecer tão cedo.
Era suposto ser mais um dia normal no Edifício Ilha da Madeira, aquele colosso de concreto que se ergue orgulhoso na Avenida das Américas, em Barra da Tijuca. Mas o normal evaporou-se quando a porta do apartamento 304 finalmente se abriu.
Uma descoberta que gelou o sangue
Lá estavam elas. Jessyca Guedes, 32 anos - uma dessas mulheres que conquistaram milhares de seguidores nas redes sociais com seu jeito cativante e sua vida aparentemente perfeita - e sua pequena filha, uma menina de apenas 5 anos cujo nome ainda não foi divulgado. Os corpos, já em estado avançado de decomposição, contavam uma história que ninguém estava preparado para ouvir.
Parece que a última vez que alguém tinha notícias de Jessyca foi domingo, três dias antes do macabro descobrimento. Três dias! É tempo demais para o silêncio de uma mãe que vivia grudada no celular, mostrando cada momento da vida da filha para seus seguidores.
O alerta que acionou tudo
Tudo começou com uma ligação preocupada. Familiares, desesperados pela falta de notícias, acionaram a polícia. Quando os PMs chegaram ao edifício, o porteiro confirmou o pior dos pressentimentos: ninguém tinha visto a influenciadora ou sua filha há dias. Aquele apartamento, normalmente cheio de vida e atividade, estava estranhamente quieto.
Os agentes da 16ª DP (Barra da Tijuca) assumiram o caso com uma seriedade que o horror da situação exigia. O apartamento foi transformado numa cena de crime, meticulosamente examinada por peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli.
E agora? As perguntas se multiplicam mais rápido que as respostas. Que mistério terrível se esconde por trás dessas mortes? Foi um crime passional? Algo relacionado ao mundo digital que Jessyca habitava? Ou uma tragédia familiar de proporções inimagináveis?
O legado de uma vida interrompida
Jessyca não era apenas mais uma influenciadora. Ela tinha construído uma comunidade online, compartilhando momentos doces da maternidade e dicas de beleza que conquistaram corações. Sua filha, aquela menina de cinco anos cheia de vida, aparecia frequentemente em seus posts - sempre com o rosto protegido, é claro.
O que resta agora são perguntas sem resposta e uma comunidade online de luto. Os comentários em suas últimas publicações já se transformaram num memorial digital, com seguidores expressando incredulidade e dor.
A Delegacia de Homicídios assumiu as investigações, e promete deixar nenhuma pedra sem revirar. Enquanto isso, o silêncio no apartamento 304 fala mais alto que qualquer barulho que já ecoou por ali.