
O que deveria ser um refúgio virou pesadelo. Na calada da noite em Manaus, um homem de 23 anos — cujo nome a polícia ainda mantém em sigilo — transformou a casa da própria namorada em cenário de horror. A vítima? Uma garota de apenas 17 anos que, segundo testemunhas, já sofria ameaças veladas do companheiro.
Mas dessa vez, o perigo saiu do campo das palavras. Com uma fúria que deixou vizinhos em pânico, o agressor invadiu o lar armado com uma faca. Não contente em atacar a adolescente, voltou sua ira contra o sogro de 68 anos — que tentou proteger a filha.
Os minutos que pareceram horas
Imagine a cena: gritos cortando o silêncio residencial, portas sendo arrombadas, e dois corpos tentando se esquivar de golpes certeiros. A sorte — se é que podemos chamar assim — é que a mãe da jovem conseguiu acionar a Polícia Militar a tempo.
"Quando chegamos, encontramos o idoso com cortes profundos nos braços, claramente fruto de tentativa de defesa", relatou um dos PMs, ainda sob o impacto do atendimento. A adolescente, em estado de choque, apresentava hematomas pelo corpo e um corte superficial no pescoço.
O desfecho (por enquanto)
O agressor, que tentou fugir pelo quintal, foi detido em flagrante. Na delegacia, a versão dele — pasme — era de "legítima defesa". Os investigadores, contudo, encontraram mensagens ameaçadoras no celular do acusado, enviadas horas antes do ataque.
O caso agora segue para a Justiça, mas deixa perguntas no ar: até quando relacionamentos abusivos serão tratados como "brigas de casal"? Quantas vidas precisam ser perdidas antes que a violência doméstica receba a atenção urgente que merece?
Enquanto isso, a família tenta reconstruir a vida — com medo de represálias e traumas que, sabemos bem, não cicatrizam com boletim de ocorrência.