
Imagine o cenário: uma tarde qualquer, o calor típico do interior paulista, e o trânsito caótico que todos conhecemos. Foi nesse contexto banal que o inaceitável aconteceu. Uma mulher grávida, cujo nome preservamos por questões de segurança, viveu minutos de puro terror nas ruas de São José do Rio Preto.
O que começou como uma mera discussão no trânsito – coisa que infelizmente acontece todo dia – rapidamente escalou para algo digno de pesadelo. O motorista, cuja identade também não foi revelada, simplesmente perdeu a cabeça. E não foi metaforicamente.
Ele desceu do carro e partiu para a agressão física, numa cena que lembra aqueles filmes de violência urbana que a gente sempre espera nunca testemunhar ao vivo. Socos, puxões de cabelo – contra uma gestante, gente! O absurdo da situação é tamanho que chega a dar um nó no estômago.
A reação rápida da Justiça
Mas aqui vem a parte que, ainda bem, nos dá um fio de esperança. A vítima, mostrando uma força admirável, não se calou. Buscou a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) local e relatou toda a violência que sofreu. E a Justiça, para variar positivamente, agiu com uma celeridade que merece reconhecimento.
Em tempo recorde, conseguiu uma medida protetiva contra o agressor. Isso significa que o sujeito agora tem que manter distância da vítima – e olhe que não é pouco, porque estamos falando de pelo menos 200 metros de afastamento. Qualquer aproximação pode significar cadeia na hora.
O detalhe que mais revolta
O que realmente deixa a gente com raiva – além do óbvio, claro – é a condição da vítima. Grávida! Não importa se no início ou final da gestação: agredir uma mulher nessas condições é covardia pura, sem nenhum atenuante possível.
O caso serve como alerta para várias coisas. Primeiro: a violência no trânsito está atingindo níveis inacreditáveis. Segundo: a sociedade precisa urgentemente revisar seus valores básicos de convivência. E terceiro, mas não menos importante: as mulheres continuam vulneráveis a esse tipo de barbárie cotidiana.
A polícia, diga-se de passagem, está investigando o caso a fundo. O motorista agressor vai responder criminalmente pelos seus atos – e não vai ser pouco, considerando a gravidade do que fez.
Enquanto isso, a vítima tenta reconstruir a sensação de segurança que lhe foi roubada numa tarde qualquer, num trânsito qualquer, por um cidadão qualquer que decidiu que a violência era resposta adequada para uma discussão de trânsito.
O caso aconteceu no Jardim das Orquídeas, mas poderia ter sido em qualquer bairro, em qualquer cidade. É o tipo de história que nos faz pensar: até onde vamos permitir que a barbárie se infiltre em nosso cotidiano?