
O que deveria ser um refúgio seguro transformou-se num palco de horror absoluto. Nesta segunda-feira (25), por volta das 19h, a tranquilidade de um bairro residencial em Sinop, Mato Grosso, foi despedaçada por uma cena de violência inimaginável.
Lá, dentro da própria casa, a vida de uma profissional dedicada — uma fonoaudióloga de apenas 38 anos — foi ceifada de maneira brutal. A vítima, cuja identidade a gente ainda preserva por respeito à família, foi encontrada sem vida, com inúmeros golpes de faca pelo corpo. A arma do crime? Uma faca de cozinha, dessas comuns, que deveria ser usada para preparar refeições, não para terminar com uma existência.
E o principal suspeito? Quem deveria ser seu porto-seguro: o próprio marido. Testemunhas contaram à polícia que ouviram barulhos de uma discussão acalorada vinda da residência pouco antes do silêncio sinistro se instalar. Horas depois, era a Polícia Militar quem adentrava o imóvel, deparando-se com a tragédia que ninguém gostaria de ver.
Fuga Imediata e Buscas em Andamento
Pouco depois do ocorrido, o suspeito — o marido da vítima — evaporou. Sim, fugiu. Deixou para trás não apenas o corpo da esposa, mas um rastro de perguntas sem resposta e uma dor que nunca vai embora. A Polícia Judiciária Civil já assumiu as investigações e está nas suas buscas para localizá-lo. Acredita-se que ele possa tentar se esconder em propriedades rurais da região, mas ninguém sabe ao certo.
— Estamos seguindo todas as pistas possíveis — disse um delegado envolvido no caso, que preferiu não se identificar. — O que aconteceu aqui foi um feminicídio, uma brutalidade que precisa ser respondida com justiça.
Um Luto que não deveria Existir
Agora, o que resta? Uma família destroçada, amigos incrédulos e uma comunidade que se pergunta, mais uma vez, até quando. Até quando mulheres serão mortas dentro de suas próprias casas, pelos companheiros que juram amar? A vítima era conhecida na cidade pelo trabalho dedicado, uma profissional da saúde que ajudava a melhorar a comunicação e a vida de dezenas de pessoas. Ironia cruel, não?
O caso já é tratado como feminicídio — crime de ódio baseado no gênero — e escancara, outra vez, a epidemia de violência doméstica que assola o país. Enquanto isso, o IML de Sinop prepara-se para realizar o exame de corpo de delito, tentando reconstruir, através de evidências forenses, os últimos e terríveis momentos dessa vida interrompida.
Uma pergunta fica no ar, ecoando pelas ruas silenciosas de Sinop: quantas mais?