Justiça condena homem por feminicídio de adolescente de 15 anos na Bahia
Feminicídio na BA: homem condenado a 18 anos por matar adolescente

Era supostamente uma relação amorosa, mas terminou em tragédia. Um homem, agora condenado pela Justiça baiana, tirou a vida da própria namorada – uma garota de apenas 15 anos – no município de Itapetinga, no sudoeste do estado. A sentença? Dezoito longos anos atrás das grades, decretados pelo Tribunal do Júri.

O caso, que remonta a 2021, ainda ecoa na comunidade local. Tudo aconteceu dentro de uma residência, num bairro residencial da cidade. A vítima, cuja identidade é preservada por lei, foi brutalmente assassinada a facadas. O motivo? Uma discussão que escalou para algo irreversível, mostrando o quão frágil pode ser a linha entre a paixão e a violência.

O julgamento, realizado nesta quarta-feira (20), foi tenso. Ministrado pelo juiz José Roberto Farias Santos, da 2ª Vara Criminal, o tribunal ouviu as partes e examinou as provas – que, convenhamos, eram bastante contundentes. Não houve como escapar. A defesa tentou, é claro, mas o veredito foi unânime: culpado.

Os detalhes que chocaram

Segundo as investigações, o crime foi cometido com requintes de crueldade. O acusado, na época com 22 anos, não poupou a adolescente. A arma do crime? Uma faca, usada de maneira brutal. O laudo pericial não deixou dúvidas: múltiplos golpes, ferimentos profundos, uma cena dantesca.

E onde estava a família? A jovem morava com a avó, que não estava em casa no momento do crime. Isso talvez explique, em parte, como a situação piorou sem que ninguém interviesse a tempo. Uma vida interrompida de forma tão violenta – é de cortar o coração.

A pena e o que vem pela frente

Dezoito anos. É muito? É pouco? Para a família da vítima, nenhum tempo seria suficiente. O regime inicial é fechado, e o condenado vai responder pelo crime na cadeia. Além disso, ele terá de pagar uma multa – algo simbólico, perto da perda irreparável.

O promotor Lucas Santana, que ficou a cargo da acusação, deixou claro: crimes de feminicídio não podem ficar impunes. "É um recado forte da Justiça", afirmou, visivelmente satisfeito com o desfecho. A defesa, por outro lado, ainda estuda recursos – mas a chance de reverter uma condenação tão sólida parece mínima.

Enquanto isso, em Itapetinga, a comunidade tenta seguir em frente. Mas casos como esse deixam marcas profundas. Será que a sociedade está mesmo aprendendo a lidar com a violência contra a mulher? Ou ainda temos um longo caminho pela frente?