SP: Estado registra mais de 53 feminicídios em 2025, maior número desde 2015
Feminicídios em SP batem recorde em 2025

O estado de São Paulo enfrenta um cenário alarmante de violência de gênero em 2025. Dados revelam que, apenas no período entre janeiro e outubro, foram registrados mais de 53 casos de feminicídio, um número que já supera todos os registros anuais desde 2015. A informação foi destacada em reportagem do Jornal da Record News, que buscou a análise de especialistas para entender a gravidade da situação.

Um recorde trágico e preocupante

Os números de 2025 representam o maior patamar de feminicídios registrados em São Paulo em uma década. A marca, atingida antes mesmo do fim do ano, coloca um holofote sobre a eficácia das políticas públicas de combate à violência doméstica e de proteção às mulheres. A tendência de crescimento expõe uma crise que demanda ações urgentes e efetivas por parte do poder público e da sociedade como um todo.

Falhas sistêmicas e a voz da especialista

Em entrevista concedida ao Jornal da Record News, a professora doutora Silvana Mariano ofereceu uma análise contundente sobre os fatores por trás dessas estatísticas. A especialista foi categórica ao afirmar que esses crimes são evitáveis e, em sua avaliação, são resultado direto de falhas persistentes nos sistemas de segurança e de proteção social.

Segundo Mariano, a incapacidade de prevenir tantas mortes evidencia gargalos que vão desde a identificação precoce de situações de risco, passando pela aplicação de medidas protetivas, até a falta de uma rede de apoio social robusta para acolher as vítimas. A análise reforça que o feminicídio é a ponta final de um ciclo de violência que poderia ser interrompido com mecanismos mais eficientes e integrados.

Um chamado para ação além dos números

Os mais de 53 casos não são apenas estatísticas. Cada número representa uma vida interrompida, uma família destruída e um sinal de que o problema da violência contra a mulher permanece profundamente enraizado. O recorde negativo registrado em São Paulo serve como um alerta severo para a necessidade de revisão e fortalecimento de todas as frentes de combate a esse tipo de crime.

É fundamental que a sociedade compreenda a gravidade dos feminicídios e exija respostas concretas. A discussão precisa ir além da comoção e se traduzir em políticas públicas bem financiadas, capacitação de agentes, educação para a igualdade de gênero e, principalmente, na garantia de que as leis de proteção sejam cumpridas com a celeridade e a seriedade que a vida das mulheres demanda.