A Polícia Militar prendeu três pessoas suspeitas de envolvimento no feminicídio de uma mulher de 53 anos em Pingo D'Água, município localizado na zona rural de Minas Gerais. O crime, inicialmente tratado como morte sem violência aparente, revelou-se um caso de extrema brutalidade após exames periciais.
Descoberta do crime e investigação inicial
O corpo da vítima foi encontrado no sábado (22) dentro da própria residência, após uma jovem de 19 anos acionar a polícia ao encontrar a mulher caída no chão. O médico do município confirmou o óbito no local.
Inicialmente, a perícia não identificou sinais externos evidentes de violência. O sargento Matos, comandante do destacamento da PM em Pingo D'Água, relatou que a vítima foi encontrada despida dentro da casa, mas as primeiras análises não apontaram agressões visíveis.
Reviravolta no caso após exames complementares
A situação mudou radicalmente quando exames complementares foram realizados no Instituto Médico Legal de Caratinga. Os peritos constataram indícios de violência sexual e sinais de esmagamento da traqueia, o que levou à reclassificação do caso para morte violenta.
Essa descoberta transformou completamente as investigações, indicando que a vítima sofreu abuso sexual antes de ser estrangulada até a morte.
Prisões e evidências comprometedoras
Os investigadores retornaram à residência da vítima após o exame final e tiveram acesso ao seu aparelho celular. Durante a análise, foram identificadas mensagens e registros apagados antes do acionamento da PM.
As conversas recuperadas revelaram que duas mulheres - de 19 e 36 anos - discutiram entre si sobre a exclusão de arquivos e orientaram a remoção de mensagens e imagens do telefone. Ambas foram conduzidas à Delegacia sob suspeita de fraude processual.
A polícia também localizou um homem de 47 anos, que mantinha relacionamento com a vítima. Ele foi encontrado com arranhões pelo corpo e, segundo a PM, entrou em contradição ao explicar a origem das lesões. O suspeito também foi questionado sobre seu próprio celular, alegando inicialmente que não possuía o aparelho.
Desfecho das prisões e continuidade das investigações
Os três suspeitos foram levados à Delegacia de Polícia Civil de Caratinga. A prisão do homem foi ratificada como suspeito de feminicídio, enquanto as duas mulheres tiveram a prisão confirmada por fraude processual.
A Polícia Civil continua investigando o caso para esclarecer a dinâmica completa do crime, o papel específico de cada envolvido e a motivação exata que levou à morte brutal da mulher de 53 anos.
O caso chocou a comunidade local e reforça a preocupação com a violência contra mulheres em áreas rurais de Minas Gerais.