Ex-lutador preso por impedir exames pré-natais e violência psicológica
Ex-lutador preso por violência contra ex-companheira

Um ex-lutador de 31 anos foi preso nesta segunda-feira (24) suspeito de cometer uma série de crimes contra sua ex-companheira, incluindo invasão de domicílio e violência psicológica. A vítima é uma mulher de nacionalidade norte-americana que mantinha um relacionamento com o acusado há cinco anos.

Violência durante a gravidez

De acordo com a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), o caso ganhou contornos ainda mais graves durante a gestação da vítima. O autor proibiu a mulher de realizar exames pré-natais e, quando ela entrou em trabalho de parto, impediu que fosse ao hospital.

Conforme relatou a delegada Priscilla Orberg, que acompanha o caso, a situação levou a vítima a dar à luz em casa, sem qualquer assistência médica especializada. "No final de agosto a vítima compareceu à delegacia informando que teria sido agredida fisicamente pelo autor, que também a ameaçou", explicou a delegada.

Descumprimento de medidas protetivas

Diante das ameaças sofridas, a mulher solicitou medidas protetivas, que foram concedidas pela Justiça. No entanto, em 17 de novembro, o ex-lutador descumpriu as determinações judiciais ao invadir a casa da ex-companheira e enviar diversas mensagens caracterizadas como violência psicológica.

Um detalhe importante do caso é que, apesar de ser estrangeira, a vítima conta com uma rede de apoio em Manaus. Foram vizinhos e pessoas de sua confiança que a alertaram sobre a invasão, já que ela não estava em casa no momento do ocorrido.

Prisão e antecedentes

O mandado de prisão foi cumprido no bairro Dom Pedro, zona centro-oeste de Manaus. Durante as investigações, a polícia descobriu que o autor já possui outros registros de violência doméstica e familiar contra outra vítima.

Além dos crimes recentes, o ex-lutador responderá por:

  • Descumprimento de medida protetiva
  • Violência psicológica
  • Invasão de domicílio

A delegada Priscilla Orberg destacou que a vítima recebeu toda assistência social e jurídica necessária para regularizar a documentação do bebê, que ainda não havia sido registrado no momento da denúncia. O homem permanece preso e à disposição da Justiça.