
O que era pra ser um refúgio transformou-se num pesadelo em chamas. Na pacata cidade de Santa Inês, interior maranhense, uma mulher viveu minutos de puro terror quando sua própria casa foi incendiada de forma brutal — e o autor, segundo as investigações, era justamente quem um dia jurou amá-la.
Pois é. A polícia não tem dúvidas: o ex-companheiro dela, num acesso de ódio e ciúmes, invadiu o imóvel e botou fogo em tudo. Tudo mesmo. A motivação? Uma discussão boba, daquelas que acabariam em dois dias se não fosse a mente perturbada do sujeito.
A vítima, milagrosamente, saiu ilesa. Mas a casa… bom, essa não teve a mesma sorte. O fogo consumiu móveis, documentos, lembranças. Deixou só cinzas e um sentimento de insegurança que, convenhamos, nenhuma mulher deveria carregar.
Não foi acidente. Foi crime.
Os peritos estiveram no local e confirmaram o óbvio: cheiro de combustível, ponto de origem do fogo bem identificado, tudo indicando ação intencional. Nada de curto-circuito ou vela derrubada. Foi planejado. Foi cruel.
— A gente vê cada caso de violência contra a mulher, mas esse chocou pelo requinte de crueldade — comenta um delegado que acompanha o caso, preferindo não se identificar. — Ele queria assustar, mas podia ter matado.
O suspeito, cujo nome ainda não foi divulgado, continua foragido. Mas a polícia garante que é questão de tempo até ele ser capturado. “Já sabemos quem é e estamos atrás”, diz um investigador, confiante.
E a vítima?
Com medo. Abalada. Mas viva. Ela está agora sob a proteção de familiares, longe dali, tentando reconstruir a vida que um match de Tinder desgraçou anos atrás. A casa, alugada, era seu cantinho — seu porto seguro — até aquele dia.
O caso tá sendo investigado como tentativa de homicídio e dano qualificado. Se pego, o ex dela pode responder também por violência doméstica — crime que, infelizmente, ainda é epidemia no Brasil.
E a gente fica aqui pensando: até quando? Até quando mulheres vão ter que viver com medo de quem um dia amaram? A pergunta, como sempre, fica no ar — assim como o cheiro de fumaça que ainda impregna o endereço do crime.