Fortaleza foi palco de mais um trágico caso de feminicídio nesta semana. A vítima, uma enfermeira de 32 anos conhecida por seu profissionalismo e personalidade tranquila, foi assassinada pelo ex-companheiro no bairro de Messejana.
Segundo testemunhas, o crime aconteceu na manhã de quinta-feira (10/07), quando o agressor invadiu a residência da vítima. Vizinhos relataram ter ouvido gritos e chamaram a polícia, mas quando os agentes chegaram, a jovem já estava sem vida.
Perfil da vítima
A profissional da saúde era muito querida por colegas de trabalho e pacientes. Trabalhava há seis anos no mesmo hospital, onde se destacava pela dedicação ao cuidado com os enfermos.
"Era uma profissional exemplar, sempre sorridente e atenciosa com todos", relatou uma colega de trabalho que preferiu não se identificar.
Histórico de violência
Investigadores descobriram que o casal tinha um relacionamento conturbado, com registros anteriores de ameaças. A vítima havia feito um boletim de ocorrência contra o ex-companheiro há três meses, mas não solicitou medida protetiva.
O suspeito, de 35 anos, foi preso horas depois do crime em uma rodovia da região metropolitana. Ele confessou o assassinato e alegou "ciúmes" como motivação.
Reações e mobilização
O caso gerou comoção na capital cearense. Movimentos feministas organizaram um ato em frente ao hospital onde a vítima trabalhava, exigindo políticas mais eficazes de combate à violência contra a mulher.
Autoridades locais se manifestaram sobre o caso. A Secretaria da Segurança Pública do Ceará afirmou que irá intensificar as ações de enfrentamento à violência doméstica na região.
Este é o 47º caso de feminicídio registrado no Ceará apenas em 2025, segundo dados oficiais. Especialistas alertam para a necessidade de ampliar a rede de proteção às mulheres em situação de risco.
