
Não é todo dia que a fachada de um estabelecimento comercial esconde uma tragédia familiar — mas foi exatamente o que aconteceu num conhecido ponto gastronômico da Grande Vitória. Na noite de segunda-feira (25), por volta das 22h, o que deveria ser um ambiente de trabalho transformou-se em palco de um crime repudiável.
Um homem, identificado como Danilo Silva Andrade, de 37 anos, dono de uma pizzaria no bairro de Jardim da Penha, acabou detido pela Polícia Militar… e o motivo é de cortar o coração: ele agrediu violentamente a própria filha, uma adolescente de apenas 14 anos.
Tudo foi registrado. Câmeras de segurança — aquelas que deveriam vigiar furtos ou incidentes externos — capturaram cada movimento. As imagens são duras, e mostram o momento em que Danilo, visivelmente alterado, desfere vários golpes contra a jovem.
▶️ O vídeo que mudou tudo
No registro, é possível ver a menina tentando se proteger, enquanto é empurrada e atingida repetidamente. Ele a puxa pelo braço, como se arrastasse um objeto, não a própria filha. A cena é de partir a alma — e foi decisiva para a ação policial.
Uma testemunha, que preferiu não se identificar, contou que ouviu gritos e decidiu chamar a polícia. “Parecia briga de rua, não de pai e filha”, disse, ainda abalada.
Quando os PMs chegaram, Danilo ainda tentou negar. Mas as imagens não mentem. Ele foi levado para a Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente (DPCA), onde ficou à disposição da Justiça.
E a menina?
A adolescente foi encaminhada para atendimento médico. Ela não corre risco de vida, mas apresenta marcas visíveis da agressão — e, com certeza, outras que não veem. O Conselho Tutelar já foi acionado e acompanha o caso.
Pouca gente sabe, mas violência intrafamiliar ainda é a ponta de um iceberg silencioso. Muitas vezes, acontece entre quatro paredes, longe das câmeras. Desta vez, não.
Agora, Danilo responde por lesão corporal dolosa. A justiça capixaba não costuma ser branda nesses casos.
Enquanto isso, a pizzaria onde tudo aconteceu amanheceu fechada. Vizinhos e clientes se revezam em comentários — uns em choque, outros nem tanto. “Ele sempre pareceu muito estourado”, soltou um morador da região, que pediu para não ser identificado.
Uma tristeza só. E um alerta: violência, seja onde for, não pode ser normalizada. Principalmente dentro de casa.