A noite de terça-feira, 8 de outubro, prometia ser mais uma de celebração na movimentada vida noturna do Rio. Quem diria que terminaria em delegacia, acusações graves e versões completamente opostas.
Bárbara Falcão, modelo de 25 anos, chegou à 14ª DP na manhã de quarta-feira com marcas roxas no braço e um relato que, se confirmado, expõe uma faceta sombria por trás das pistas de dança. Segundo ela, o DJ Dennis - nome artístico de Dennis de Almeida, 32 anos - teria sido o autor das agressões durante uma festa em um apartamento de luxo em Ipanema.
"Ele me puxou com força desmedida", desabafa a modelo
Em depoimento à polícia, Bárbara foi categórica: a discussão começou por ciúmes - daquelas bobeiras que a gente sabe como começa, mas nunca como termina. "De repente, ele mudou completamente. Parecia outra pessoa", relatou, ainda visivelmente abalada. As testemunhas confirmam ter visto o DJ puxando seu braço com força suficiente para deixar marcas. Coisa feia, mesmo.
O que começou como uma noite descontraída entre amigos rapidamente descambou para o território perigoso da violência. E olha que estamos falando de um ambiente supostamente seguro - um apartamento de alto padrão, gente bonita, música boa. Aparentemente, nem mesmo o cenário mais glamouroso é garantia contra esse tipo de situação.
A defesa entra em cena: "Inverdades sendo propagadas"
Do outro lado, o advogado do DJ, Dr. Felipe Montenegro, não mediu palavras ao rebater as acusações. Em nota enviada à imprensa, ele classificou a versão de Bárbara como "inverídica" e "exagerada".
"Meu cliente nega categoricamente ter cometido qualquer ato de violência contra a senhorita Bárbara", afirmou o defensor, com aquele tom firme de quem está acostumado a lidar com crises de imagem. "Estamos diante de uma narrativa distorcida, provavelmente alimentada por sentimentos de decepção após o término do relacionamento."
Segundo a defesa, as marcas no braço da modelo teriam outra origem - uma queda acidental durante a discussão. Convenhamos, é uma explicação que soa um tanto quanto conveniente, não?
O que as testemunhas dizem?
As pessoas presentes na festa - que pediram para não serem identificadas, claro - contam uma história cheia de nuances. Alguns confirmam ter visto Dennis "segurando Bárbara com força", enquanto outros falam em "um momento de tensão, mas nada muito grave".
Essa disparidade de versões é, no mínimo, curiosa. Será que cada um vê o que quer ver? Ou estamos diante de um daqueles casos em que a verdade está espalhada em vários pedaços, cabendo à polícia o quebra-cabeça?
A polícia, por sua vez, age com cautela. O inquérito foi instaurado e segue tramitando na 14ª DP. Agora começa a fase de colher mais depoimentos, analisar eventuais imagens das câmeras de segurança do prédio - porque hoje em dia nada escapa das lentes, graças a Deus - e tentar reconstituir minuto a minuto o que realmente aconteceu naquela noite.
Enquanto isso, Dennis segue sua agenda normalmente. Shows marcados, festas contratadas - a vida artística não para. Já Bárbara busca apoio na família e amigos, tentando superar o trauma que, segundo ela, a fez reviver experiências passadas com relacionamentos abusivos.
Resta saber qual versão prevalecerá. A da vítima assustada ou a do artista que alega inocência? O tempo - e a investigação policial - dirão.
