
A tranquilidade de um bairro residencial em Nova Friburgo foi violentamente interrompida na noite de domingo, e o que se seguiu foi uma cena digna dos piores pesadelos. Tudo aconteceu por volta das 22h30, na Rua Almirante Tamandaré, no bairro que costuma ser pacato mas que agora vive sob o impacto de uma brutalidade sem precedentes.
Segundo testemunhas ainda bastante abaladas, o suspeito — cuja identidade a polícia prefere manter em sigilo por enquanto — chegou ao local com uma fúria que parecia incontrolável. E não chegou de mãos vazias. Trazia consigo um machado, daqueles que cortam não só madeira, mas vidas inteiras.
O ataque que chocou os vizinhos
"A gente ouviu os gritos primeiro, depois o barulho... Deus me livre, nunca vi coisa assim", contou uma moradora que preferiu não se identificar, com a voz ainda trêmula. A vítima, Jefferson Luiz da Silva, de 39 anos, não teve chance alguma. As golpes foram dados com uma violência que surpreendeu até os policiais mais experientes.
O que levou a essa explosão de violência? Pelas primeiras investigações, tudo indica que o suspeito nutria uma obsessão doentia pela ex-companheira. E Jefferson, coitado, era o atual — ou melhor, era — da mulher. Ciúmes, possessão, aquela mistura perigosa que tantas vezes termina em tragédia.
Fuga imediata e buscas intensas
Assim que cometeu o crime, o homem simplesmente... evaporou. Pegou o machado e desapareceu na escuridão, deixando para trás o corpo da vítima e uma comunidade em estado de choque. A Polícia Civil já acionou todos os protocolos — e diga-se de passagem, estão trabalhando contra o relógio.
O delegado responsável pelo caso foi direto: "Estamos usando todos os recursos disponíveis para localizar e prender este indivíduo. A população pode ficar tranquila que vamos encontrá-lo". Mas será que pode mesmo ficar tranquila? É difícil acreditar nisso quando um homem com um machado anda solto por aí.
Enquanto isso, na 104ª DP, o trabalho de inteligência já começou. Parentes estão sendo ouvidos, amigos interrogados, câmeras de segurança reviradas quadro a quadro. Alguém deve saber para onde ele foi. Alguém sempre sabe.
O corpo de Jefferson foi encaminhado para o Instituto Médico Legal de Nova Friburgo, onde será submetido à necropsia. Uma burocracia necessária que, no fundo, pouco importa para quem perdeu a vida de forma tão brutal.
E a ex-namorada? Bom, ela está sob proteção policial — e com razão. Quem garante que o suspeito não vai decidir completar o serviço? O medo agora é companheiro constante dela e de todos que testemunharam a barbárie.
O que resta é esperar — esperar que a polícia faça seu trabalho, esperar que justiça seja feita, esperar que a paz volte a uma comunidade que, hoje, lembra muito mais um filme de terror do que o lar tranquilo que sempre foi.