
Um casal foi preso em Campinas, no interior de São Paulo, acusado de maus-tratos que levaram à morte de um bebê sob seus cuidados. Segundo testemunhas, os acusados já haviam sido denunciados ao Conselho Tutelar mais de 50 vezes, mas as queixas não foram suficientes para evitar a tragédia.
O caso chocou a região e levantou questionamentos sobre a eficácia dos órgãos de proteção à criança. As investigações apontam que o bebê, de apenas um ano, apresentava sinais de violência física e negligência quando foi encontrado sem vida.
As autoridades locais estão sob pressão para explicar por que as denúncias recorrentes não resultaram em medidas mais efetivas. O Conselho Tutelar da região se manifestou, afirmando que todas as denúncias foram investigadas, mas que nem sempre há evidências suficientes para a remoção da criança do ambiente familiar.
O casal está preso preventivamente e pode enfrentar acusações de homicídio doloso, além dos crimes de maus-tratos. A polícia continua investigando se há mais vítimas e se outras pessoas podem estar envolvidas.
Este caso reacendeu o debate sobre a necessidade de reformas no sistema de proteção à infância no Brasil, com especialistas defendendo maior integração entre os órgãos responsáveis e medidas mais ágeis em situações de risco.