A comunidade de Içara, no Sul de Santa Catarina, se prepara para receber o corpo de Jéssica Stapazzollo, brasileira de 33 anos brutalmente assassinada na Itália. O velório acontecerá neste sábado (22), marcando o triste retorno da vítima à sua cidade natal.
Detalhes do crime brutal
Jéssica foi morta com 27 facadas no dia 28 de outubro, na cidade de Castelnuovo del Garda, no norte da Itália, onde residia com seus dois filhos. Segundo a agência de notícias italiana ANSA, o autor do crime seria Douglas Reis Pedroso, ex-companheiro da vítima que também é brasileiro e atualmente encontra-se preso.
A imprensa local revelou que Jéssica era vítima de abusos e violência doméstica recorrentes por parte do ex-companheiro. O agressor estava sob medidas protetivas, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica, equipamento que não foi encontrado com ele após o crime.
Cerimônia de despedida em Içara
O corpo de Jéssica será velado no Cemitério Esplanada em Içara, a partir das 15h deste sábado. O sepultamento será realizado na sequência do velório, conforme confirmado pela funerária responsável pelo translado do corpo até o Brasil.
Em demonstração de solidariedade, o município italiano de Castelnuovo del Garda organizou um ato simbólico em 30 de outubro, na frente da prefeitura, em memória da brasileira.
Quem era Jéssica Stapazzollo
Nascida em Içara e portadora de cidadania italiana, Jéssica trabalhava com gastronomia e vivia com seus dois filhos - um menino e uma menina. Ela deixa os filhos, os pais e três irmãos.
Rosimeri Stapazzollo, mãe de Jéssica, descreve a filha como uma pessoa gentil, dedicada à família e apaixonada por festas. "Ela era uma boa mãe, boa filha, boa irmã e boa amiga. Criativa, sempre bem vestida, minha companheira de estrada", declarou a mãe, que teve Jéssica aos 14 anos e descreve a relação das duas como uma amizade profunda.
A família, que mora a cerca de 15 km da casa onde Jéssica vivia na Itália, foi informada do crime na madrugada de 28 de outubro. "Os policiais chegaram às 4h40 da manhã. Deram a notícia e minha esposa precisou ser levada ao hospital", relatou Mauricio Donato, padrasto da vítima.
Segundo familiares, o autor do crime era "reincidente em agressões contra ela", reforçando o histórico de violência doméstica que culminou neste trágico desfecho.