Uma brasileira de 33 anos residente em Portugal tornou-se vítima de brutal agressão doméstica praticada pelo próprio marido, que após o crime fugiu para o Brasil. Sttefany Pires, massagista e personal trainer, relata ter sido espancada e esfaqueada dentro do apartamento do casal na cidade do Porto.
O episódio de violência extrema
De acordo com o depoimento da vítima ao g1, o crime ocorreu no dia 21 de novembro, quando o casal conversava sobre o fim da relação. Sttefany contou que o marido, que nunca havia demonstrado comportamento violento durante o casamento de um ano e meio, teve um ataque de fúria inesperado.
"Ele me jogou para o chão, me deu alguns golpes na cabeça, acertou meu nariz. Em um dos pontapés que ele tinha me dado, eu consegui colocar os braços e acertou a minha boca, onde partiu meu dente", descreveu a brasileira.
A situação tornou-se ainda mais grave quando o agressor retirou uma faca do bolso da calça e desferiu golpes no rosto, na cabeça e no braço esquerdo da esposa.
As consequências e a fuga
Sttefany sofreu ferimentos graves que exigiram diversos pontos, perdeu parte do cabelo e teve um dente quebrado. Após a sequência de agressões, o marido abandonou o apartamento levando apenas a roupa do corpo e uma bolsa contendo passaporte, cartão de crédito e chaves de outra residência em Portugal.
A vítima conseguiu pedir socorro e recebeu ajuda de vizinhos, sendo subsequentemente hospitalizada. Ela registrou ocorrência na polícia portuguesa e divulgou um vídeo nas redes sociais pedindo informações sobre o paradeiro do suspeito.
Busca internacional por justiça
Investigações indicam que o agressor, que trabalhava como caminhoneiro e é natural de Santos, no litoral de São Paulo, conseguiu chegar ao aeroporto de Lisboa e embarcar em um voo para São Paulo. Um taxista teria confirmado à polícia que transportou o homem no dia do crime.
Sttefany recebeu denúncias de pessoas da região de Santos que confirmaram ter visto o suspeito na cidade, mas não tem informações atualizadas sobre o andamento das investigações no Brasil.
Enquanto aguarda por justiça, a brasileira enfrenta sequelas físicas e psicológicas. "Eu estou ansiosa para resolver logo isso, já não durmo direito e ele está aí vivendo como se nada fosse", lamentou a vítima.
A Polícia Federal foi contactada sobre o caso, mas informou que não se manifesta sobre "investigação eventualmente em curso" e não comenta nomes de eventuais investigados.