
Era pra ser mais um dia normal de trabalho. Mas terminou em tragédia. Aos 27 anos, Maria Eduarda da Silva — ou simplesmente Duda, como era chamada — não imaginava que naquela terça-feira, 12 de outubro, estaria vivendo seus últimos momentos.
A babá foi brutalmente assassinada a tiros dentro da casa onde trabalhava, no bairro do Feitosa, em Maceió. Doze disparos. Doze. O número é tão absurdo que chega a doer só de pensar.
O crime que chocou uma cidade inteira
Segundo as investigações da Polícia Civil de Alagoas, o principal suspeito é ninguém menos que o ex-marido da patroa da vítima. Sim, você leu direito. Um homem que já compartilhou a vida com a empregadora de Duda agora é acusado de tirar a vida da jovem.
O que se sabe até agora? A Delegacia de Homicídios confirmou a prisão preventiva do suspeito, de 42 anos. Ele foi detido nesta quarta-feira (13), menos de 24 horas após o crime. A eficiência da polícia alagoana, diga-se de passagem, foi impressionante.
Os detalhes que arrepiam
Testemunhas contaram à polícia que ouviram os tiros por volta das 19h30 de terça-feira. Quando chegaram ao local, encontraram Duda já sem vida. A cena era dantesca — a jovem havia sido atingida múltiplas vezes no tórax e na cabeça.
O mais revoltante? Tudo indica que ela era o alvo principal. Não foi um crime passiona, não foi um assalto que deu errado. Parece ter sido uma execução planejada. E o motivo? Isso ainda é o que mais intriga os investigadores.
O delegado responsável pelo caso, em entrevista coletiva, foi direto: "Estamos trabalhando com a hipótese de feminicídio. A brutalidade do crime, o número de tiros... Tudo indica ódio contra a condição de mulher da vítima".
Quem era Maria Eduarda?
Duda era mais que uma babá. Era filha, amiga, profissional dedicada. Natural de Rio Largo, na região metropolitana de Maceió, ela tinha sonhos simples — como a maioria de nós. Queria construir uma vida estável, talvez constituir família um dia.
Seus amigos a descrevem como "alguém que sempre tinha um sorriso no rosto, mesmo nos dias difíceis". Trabalhava há aproximadamente um ano na mesma família. Construiu laços, criou afeto pelas crianças que cuidava.
E agora? Resta o vazio. A perplexidade. A pergunta que não cala: por quê?
As investigações continuam
Enquanto a família de Duda se prepara para enterrar a jovem — o velório acontece nesta quinta-feira (14) —, a polícia segue conectando os pontos.
O que levou o ex-marido da patroa a cometer tamanha barbárie? Haveria algum conflito anterior? Ciúmes? Vingança? As respostas ainda estão por vir.
Uma coisa é certa: Maceió acordou mais triste nesta quarta-feira. E a pergunta que fica ecoando é até quando as mulheres precisarão viver com medo de simplesmente existirem.