Tragédia em Araçatuba: Aposentado da GCM mata ex-esposa e comete suicídio
Aposentado da GCM mata ex-esposa e se suicida em Araçatuba

O silêncio da manhã de sábado em Araçatuba foi quebrado por uma tragédia que vai ecoar por muito tempo na memória da cidade. Um aposentado da Guarda Civil Municipal, de 59 anos, protagonizou uma cena de horror que terminou com duas vidas perdidas.

Por volta das 8h30, na Rua dos Jequitibás, no Conjunto Habitacional João Crevelaro, o que deveria ser um dia comum se transformou em pesadelo. Ele chegou à casa da ex-mulher, uma mulher de 56 anos, e—sem qualquer aviso—disparou múltiplos tiros contra ela. O barulho dos estampidos fez vizinhos correrem para ver o que acontecia, mas já era tarde demais.

O desfecho trágico

Testemunhas contam que, após o ataque contra a ex-esposa, o homem simplesmente se virou e—com uma frieza que chega a dar arrepios—virou a arma contra si mesmo. Um único tiro. E o silêncio voltou a reinar, agora carregado de horror.

Quando a Polícia Militar chegou ao local, encontrou os dois corpos já sem vida. A cena era tão estarrecedora que até os policiais mais experientes ficaram visivelmente abalados. Dois corpos, uma história que não poderá mais ser contada—exceto pelos pedaços que vamos juntando agora.

Histórico que preocupa

E aqui vem o detalhe mais perturbador: o casal já tinha histórico de conflitos. Brigas, desentendimentos, aquela tensão que todo mundo percebe mas ninguém sabe bem como intervir. A separação, ao invés de acalmar as águas, parece ter sido o estopim para essa tragédia anunciada.

O que leva um homem—um ex-agente público que deveria proteger vidas—a cometer algo tão extremo? A pergunta fica no ar, sem resposta. Vizinhos comentavam, em voz baixa, sobre os sinais que talvez tenham ignorado. "Ele andava diferente ultimamente", disse um. "Ela parecia assustada esses dias", contou outra.

Investigação em andamento

A Polícia Civil já iniciou as investigações e o IML foi acionado para remover os corpos. Os peritos trabalharam meticulosamente no local, coletando cada evidência, cada fragmento de história que possa ajudar a entender o que se passou na mente daquele homem.

O caso está sendo tratado como feminicídio seguido de suicídio—um daqueles termos técnicos que nunca capturam a dor real por trás das estatísticas. Dois filhos agora órfãos de ambos os pais. Uma família destruída. Uma comunidade em choque.

E no meio de tudo isso, uma reflexão necessária: até quando vamos fechar os olhos para a violência doméstica que acontece literalmente ao lado? Até quando vamos achar que "em briga de marido e mulher não se mete a colher"? Talvez seja hora de repensarmos tudo—antes que mais vidas sejam perdidas.