
Imagine preparar aquela refeição caseira, cheia de cuidado e carinho, e de repente ver tudo virar um pesadelo. Foi exatamente isso que aconteceu com uma família em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, neste último final de semana.
O caso – que poderia ter terminado em tragédia – começou com uma simples confusão botânica. Aquela plantinha verde que parecia couve, mas não era. Na verdade, tratava-se da taioba-brava, uma espécie que esconde perigos invisíveis a olho nu.
O que realmente aconteceu naquela cozinha?
Segundo relatos, a família colheu a planta achando que era aquela couve tradicional, daquelas que todo mineiro adora. Cozinharam, serviram e... o caos se instalou. Horas depois, quatro pessoas – duas adultas e duas crianças – começaram a passar mal. Muito mal.
Os sintomas foram aparecendo como em um dominó: vômitos intensos, diarreia, aquela sensação horrível de desidratação. A situação ficou tão feia que precisaram correr para o Hospital Municipal Dr. Thomaz Rocha Barcellos. Uma das crianças, coitada, chegou a ser transferida para a UTI do Hospital de Clínicas da UFU.
O perigo mora ao lado – literalmente
Aqui vai o alerta que todo mundo precisa ouvir: a taioba-brava é uma daquelas plantas traiçoeiras que parecem inofensivas. Ela contém cristais de oxalato de cálcio – uns cristaizinhos microscópicos que são verdadeiras agulhinhas para nosso organismo.
E o pior? Cozinhar não adianta absolutamente nada. Diferente da taioba comestível (aquela que a gente conhece), a versão brava mantém sua toxicidade mesmo após o cozimento. É como uma bomba relógio disfarçada de verdura.
E as vítimas? Como estão agora?
Das quatro pessoas intoxicadas, três já receberam alta hospitalar. Ufa! Mas a criança que foi parar na UTI ainda segue internada, embora os médicos informem que o estado de saúde já apresenta melhora significativa. Parece que o susto maior já passou.
O Corpo de Bombeiros, sempre alerta, já tinha um aviso circulando sobre o perigo dessa planta. Eles até fizeram aquele trabalho de detetive, coletando amostras para análise no Instituto de Ciências Agrárias da UFU. Confirmação: era taioba-brava mesmo.
Como não cair nessa armadilha verde?
- Conheça antes de colher: Se não tem 100% de certeza, melhor não arriscar
- Observe as folhas: A taioba-brava tem aquelas veias mais claras saindo do centro
- Desconfie de "presentes" naturais: Muita gente colhe e dá para conhecidos sem saber do perigo
- Na dúvida, compre no mercado: Melhor gastar alguns reais do que arriscar a saúde
O caso de Uberlândia serve como um daqueles alertas que a gente nunca espera precisar, mas que pode salvar vidas. Porque no mundo das plantas, assim como na vida, nem tudo que reluz é ouro. E nem tudo que é verde é seguro.