
Imagine o cenário: uma noite qualquer em Curitiba vira pesadelo. Não, pior que pesadelo - uma realidade tão cruel que até o mais sombrio dos filmes teria dificuldade em retratar. E as testemunhas? Duas crianças, que deveriam estar preocupadas com brincadeiras e não com a violência brutal contra a própria mãe.
O que aconteceu naquele 26 de agosto de 2023 vai muito além de um simples crime passional. Era um advogado, gente que supostamente deveria conhecer as leis, defendendo justiça - ironia das mais perversas. Ele não só tirou a vida da ex-companheira como transformou os próprios filhos em espectadores involuntários do horror.
O dia em que a justiça falou mais alto
Quase dois anos depois, a sentença finalmente veio. Quarenta e dois anos de prisão! Sabe o que isso significa? É basicamente uma vida inteira atrás das grades, e ainda assim parece pouco perto do dano causado.
O julgamento aconteceu na 2ª Vara do Tribunal do Júri de Curitiba, e os detalhes são de cortar o coração. As crianças - hoje com 12 e 13 anos - tiveram que reviver todo aquele trauma ao depor. O mais velho contou tudo, cada detalhe horrível, enquanto a irmã mais nova, ainda muito abalada, preferiu não falar. Quem pode culpá-la?
Além do assassinato: a tortura psicológica
O que mais choca nesse caso não é apenas o feminicídio, mas o que veio depois. O sujeito obrigou as crianças a ficarem no carro com o corpo da mãe por horas! Sim, você leu certo - horas. Enquanto ele dirigia sem rumo, elas tinham que encarar a realidade brutal da perda mais dolorosa possível.
Isso não é só crueldade - é tortura psicológica da pior espécie. O menino relatou que o pai até parou em um posto de gasolina, comprou refrigerante e ofereceu às crianças como se nada estivesse acontecido. Surreal, não?
E não para por aí: o criminoso ainda teve a frieza de dizer aos filhos que a mãe "estava dormindo" quando claramente não estava. Que tipo de pessoa consegue fazer isso?
As consequências de um ato monstruoso
A pena foi dividida em 28 anos pelo feminicídio e mais 14 pelos maus-tratos contra as crianças. A justiça considerou que manter os pequenos presos no carro com o corpo da mãe configurava tortura - e como configura!
O promotor Gabriel Faria Oliveira não poupou palavras: ele destacou que o crime foi cometido por motivo fútil (a vítima havia iniciado novo relacionamento) e com requintes de crueldade que poucos conseguem sequer imaginar.
As crianças agora estão sob os cuidados da avó materna, tentando reconstruir suas vidas depois de uma experiência que nenhuma criança deveria passar. O trauma? Esse vai ficar para sempre.
Cases como esse nos fazem questionar: até onde pode ir a crueldade humana? E como a justiça pode ajudar a curar feridas que parecem eternas? A sentença está dada, mas o sofrimento continua - um lembrete sombrio de que algumas ações têm consequências que nunca realmente terminam.