
A Justiça alagoana não poupou rigor ao condenar um advogado de 43 anos a 16 longos anos de reclusão. O motivo? Uma tentativa de assassinato que chocou a capital Maceió - e pasmem, a vítima era sua própria esposa.
Parece coisa de filme, mas infelizmente é a pura realidade. O crime aconteceu naquele fatídico 20 de julho de 2022, num apartamento no bairro da Jatiúca, um dos mais nobres da cidade. O que deveria ser um refúgio familiar transformou-se em palco de horror.
O Dia em que Tudo Mudou
Testemunhas relatam que o casal vivia momentos de tensão - aquelas brigas que começam bobas e vão escalando até ficarem perigosas. Naquele dia, a discussão atingiu um nível crítico. E o que fez o advogado? Pegou uma faca. Sim, uma simples faca de cozinha transformada em arma letal.
As facadas foram múltiplas e certeiras. A mulher, que preferiu não ter o nome divulgado, sofreu ferimentos gravíssimos. Quase não sobreviveu, para ser sincero. Quem a salvou foram os bombeiros, que chegaram a tempo de evitar o pior.
Justiça sem Meias-Palavras
O Tribunal do Júri foi categórico: tentativa de homicídio qualificada. E sabe o que mais pesou na condenação? O fato de o criminoso ser advogado - alguém que deveria conhecer as leis, mas decidiu pisoteá-las dentro da própria casa.
"É inaceitável que aqueles que juram defender a justiça ajam com tamanha barbárie", comentou um dos jurados após o veredito. A frase ecoa o sentimento de todos que acompanharam o caso.
Um Retrato Preocupante
O que mais me assusta nesses casos é a banalização da violência doméstica. Gente bem-educada, profissional respeitado, cometendo atrocidades dentro de casa. Isso mostra que o problema não escolhe classe social ou profissão.
E pensar que tudo começou com uma discussão conjugal... Quantos casais não discutem? A diferença está em como resolvem seus conflitos. Alguns vão para terapia, outros para a delegacia.
O advogado, é bom que se diga, já está atrás das grades desde outubro do ano passado. A prisão preventiva foi decretada, e agora a sentença veio para confirmar: a sociedade não tolera mais esse tipo de violência.
E a Vítima?
Boa pergunta. Ela sobreviveu, mas carrega as marcas - físicas e emocionais. Quem passa por uma experiência dessas nunca mais é o mesmo. O trauma fica, as cicatrizes também.
Mas há um fio de esperança: a Justiça funcionou. Demorou, mas funcionou. E isso manda um recado claro para quem pensa em cometer crimes semelhantes.
Enquanto isso, em Maceió, a vida segue. Mas casos como esse servem de alerta - a violência doméstica é uma epidemia silenciosa que precisa ser combatida todos os dias. E começa com cada um de nós ficando atento aos sinais.