
A vida pode mudar num piscar de olhos. Num desses momentos que ninguém espera, mas que acontecem com uma frequência assustadora nos lares brasileiros. Foi assim numa residência simples de São José do Rio Preto, interior paulista, onde o cotidiano se transformou em pesadelo.
Tudo começou com uma discussão. Daquelas que começam boba e vão escalando, sabe como é? O pai, de 41 anos, não mediu palavras — nem ações. Partiu para a agressão contra a esposa. E o filho, um garoto de apenas 16 anos, viu a cena se desenrolar. O instinto falou mais alto.
O que se seguiu foi rápido, violento, quase inacreditável. O adolescente pegou uma faca. Não pensou duas vezes. Atacou o próprio pai em defesa da mãe. Sete facadas, segundo as primeiras informações. Sete golpes que mudaram para sempre aquela família.
O desfecho trágico
Quando a poeira baixou, o homem jazia no chão. Ferido grave, foi levado às pressas para o Hospital de Base. Mas não resistiu. O pior aconteceu. Já o adolescente... bem, ele ficou ali, atordoado com o que havia feito. Não tentou fugir, não escondeu nada. Assumiu a autoria do crime na hora.
Os policiais militares que atenderam a ocorrência encontraram uma cena dantesca. A mãe, em choque. O filho, consciente da gravidade de seus atos. E o pai, morto pelas mãos de quem deveria protegê-lo.
As consequências
Agora o jovem responde por homicídio qualificado. A defesa, é claro, vai argumentar legítima defesa de terceiro — afinal, ele estava protegendo a mãe. Mas a justiça é complicada, né? Cada caso é um caso, e esse é daqueles que dá o que pensar.
O corpo do pai foi encaminhado para o IML. Triste fim para uma história que começou como tantas outras: uma família comum, problemas comuns. Só que dessa vez o desfecho foi catastrófico.
Reflexão necessária
Você já parou pra pensar quantos casos assim acontecem por aí? Não estou defendendo ninguém, longe disso. Mas é inegável que a violência doméstica é uma chaga social que continua assombrando nosso país. E quando as vítimas se tornam algozes, a coisa fica ainda mais complexa.
O adolescente agora aguarda o julgamento na Fundação CASA. A mãe, coitada, deve estar vivendo seu próprio inferno particular. Perdeu o marido e viu o filho preso — tudo num só dia.
E a gente fica aqui pensando: será que não existia outro jeito? Difícil responder. Na hora do desespero, a razão muitas vezes abandona a gente. Fica o alerta para que situações como essa não se repitam — embora, sabemos bem, provavelmente se repetirão.