Tentativa de Feminicídio em Jundiaí: Homem Recebe 8 Anos de Prisão por Ataque a Facadas contra Ex-Namorada
8 anos de prisão por tentativa de feminicídio em Jundiaí

A coisa toda aconteceu num daqueles dias que parecem normais até virar um pesadelo. E foi exatamente isso que se tornou a tarde de 17 de dezembro de 2022 para uma mulher de 27 anos em Jundiaí. O ex-companheiro, um cara de 28 anos que eu diria estar completamente fora de si, resolveu que aquela seria o último dia da vida dela.

Doze facadas. É difícil até de imaginar, não é? A fúria que precisa tomar conta de alguém para desferir doze golpes contra uma pessoa que, supostamente, um dia foi amada. O ataque aconteceu no Jardim do Lago, um bairro que normalmente vive em paz, mas que naquele dia testemunhou uma cena de horror.

O drama nos detalhes

A vítima, que conseguiu sobreviver por um triz — milagre, eu diria — teve que ser levada às pressas para o Hospital São Vicente de Paulo. O estado era gravíssimo. Enquanto isso, o autor simplesmente... foi embora. Deu no pé, como se diz por aí. Mas a polícia não demorou muito para encontrá-lo, é claro.

Parece que ele mesmo se entregou na Delegacia de Defesa da Mulher de Jundiaí. Um gesto que, francamente, soa mais como tentativa de amenizar a situação do que qualquer arrependimento genuíno.

O julgamento e a condenação

Agora, quase três anos depois — a justiça não é exatamente rápida, né? — veio a sentença. O juiz Fernando Antonio de Lima, da 1ª Vara do Júri de Jundiaí, foi categórico: oito anos de prisão em regime inicialmente fechado.

O que me chamou atenção foi a fundamentação. O magistrado deixou claro que se tratava de tentativa de feminicídio, um crime que vai muito além de uma simples agressão. É a manifestação extrema da violência de gênero, aquele pensamento doentio de que a mulher é uma propriedade.

A defesa tentou argumentar que não houve dolo, mas a realidade dos fatos falou mais alto. Doze facadas não acontecem por acidente, me desculpe.

Um alívio tardio

A vítima sobreviveu, graças a Deus. Mas ninguém passa por algo assim sem marcas — e não estou falando só das físicas. O trauma psicológico deve ser algo que a acompanhará para sempre.

O que me deixa pensando é como casos como esse se repetem Brasil afora. Quantas mulheres vivem situações similares neste exato momento? A condenação é importante, sem dúvida, mas será que estamos fazendo o suficiente para prevenir que essas tragédias aconteçam?

O caso agora segue para a fase de execução penal. O condenado começará a cumprir a pena no regime fechado, com possibilidade de progressão depois de certo tempo — algo que sempre gera debate na sociedade.

Enquanto isso, em Jundiaí, uma mulher tenta reconstruir a vida após ter ela mesma quase virado estatística. E essa parte da história, infelizmente, não aparece nos processos judiciais.