
Era pra ser uma terça-feira comum em Uberlândia, mas o que aconteceu por volta das 19h30 de ontem no Santa Mônica vai deixar marcas permanentes na comunidade. Uma cena de horror se desenrolou na Rua das Figueiras, quando um carro simplesmente arrastou e arremessou uma pessoa como se fosse um objeto qualquer.
A vítima? Uma mulher de 42 anos com Síndrome de Down, que cruzava a rua naquele momento exato. O motorista – esse sim, pra mim o verdadeiro protagonista dessa tragédia – não teve a decência mínima de parar. Pisou no acelerador e desapareceu na noite mineira como um covarde.
O que testemunhas contam é de cortar o coração. O impacto foi tão violento que a pobre mulher foi lançada a vários metros de distância. Quando a equipe do Samu chegou, já era tarde demais. Os paramédicos tentaram de tudo, mas os ferimentos eram simplesmente incompatíveis com a vida.
Um Vazio que Não se Preenche
Agora vem a parte que mais me dói: a família. Imagina receber uma notícia dessas? A irmã da vítima chegou ao local desesperada, e só de pensar na cena me arrepio todo. Ela praticamente viu os últimos momentos da irmã, que morava com ela e era uma pessoa querida por todos no bairro.
O carro envolvido sumiu. Sim, desapareceu sem deixar rastros. Mas a Polícia Militar já está com as investigações em andamento – e tomara que encontrem esse indivíduo rápido. Como alguém pode simplesmente atropelar uma pessoa e seguir como se nada tivesse acontecido?
Perguntas que Não Querem Calar
- O motorista sequer percebeu que atingiu alguém?
- Ou será que percebeu e decidiu fugir mesmo assim?
- E a velocidade – será que estava acima do permitido?
Enquanto essas questões ecoam pela cidade, uma família chora a perda irreparável. Uma vida cheia de singularidade e amor, interrompida brutalmente por uma atitude no mínimo irresponsável.
O caso agora está com a 6ª Delegacia de Polícia de Uberlândia, que vai apurar todos os detalhes. Mas uma coisa é certa: não vai ser fácil esquecer essa história. Não aqui, não para quem viu de perto as consequências de um trânsito que muitas vezes trata vidas como obstáculos descartáveis.