Psiquiatra de Marília é Alvo de Denúncias por Assédio Sexual: Pacientes Revelam Abusos em Consultório
Psiquiatra de Marília investigado por assédio sexual

Uma situação que causa calafrios está se desenrolando em Marília. Um psiquiatra, daqueles que deveriam ser porto seguro para pessoas em vulnerabilidade, está no centro de um escândalo que mistura saúde mental e abuso de poder. Duas mulheres, com coragem de sobra, decidiram não se calar.

O caso veio à tona esta semana, mas os episódios relatados são um verdadeiro pesadelo que se arrasta há meses. Imagina só: você busca ajuda para sua saúde mental e encontra exatamente o oposto no profissional que deveria te acolher.

O Padrão que Assusta

As denúncias seguem uma linha perturbadoramente similar. Durante as consultas, o médico supostamente fazia comentários completamente fora de contexto - do tipo que faz qualquer pessoa se sentir violada. E não para por aí.

Segundo os relatos, ele se aproveitava do momento de vulnerabilidade das pacientes para investidas sexuais claras. Uma das vítimas, uma mulher de 34 anos, contou à polícia que o psiquiatra chegou a tocar suas partes íntimas sem qualquer justificativa médica. Outra, de 41 anos, relatou que ele a beijou à força.

Atendimento Público e Privado em Xeque

O que mais preocupa nessa história toda é que o profissional atende tanto pelo Sistema Único de Saúde quanto por planos de saúde. Isso significa que o risco potencial atinge uma gama enorme de pessoas - muitas delas em situação de fragilidade emocional.

O Conselho Regional de Medicina já foi notificado e abriu um processo ético-profissional. Enquanto isso, na Santa Casa, onde o médico também trabalha, a direção garante que está acompanhando o caso de perto.

Coragem que Inspira

O delegado Marcelo Prado, que está à frente das investigações, não esconde a seriedade do caso. "São relatos muito consistentes", afirma. A polícia já colheu depoimentos das vítimas e agora trabalha para reunir mais provas.

Enquanto a justiça segue seu curso, uma pergunta fica no ar: quantas outras mulheres podem ter passado por situações similares e não tiveram coragem de denunciar? O caso de Marília serve como alerta - e também como incentivo para que outras possíveis vítimas quebrem o silêncio.

Afinal, cuidar da saúde mental já é difícil por si só. Quando o suposto aliado se torna algoz, a situação chega a ser cruel. As investigações continuam, mas o recado já está dado: abuso disfarçado de cuidado médico não será tolerado.